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Depois de sexualidade, Masp se volta à questão negra

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) anunciou nesta quarta-feira a sua programação para 2018. Como nos anos anteriores, quando elegeu um eixo temático a ser seguido pelas exposições, em 2018 a instituição terá um único assunto que permeará suas mostras: as narrativas afro-atlânticas, como define a instituição. O tema foi escolhido por 2018 marcar os 130 anos da assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão.As exposições tratarão não apenas da escravização de negros, mas também das trocas culturais e artísticas entre os povos africanos e os americanos. Por enquanto, nove mostras estão confirmadas, entre individuais e coletivas, de nomes como Aleijadinho, Emanoel Araújo e Rubem Valentim.Em março, abrem as exposições solo de Aleijadinho e Maria Auxiliadora da Silva. Em abril, é a vez de Emanoel Araújo. Em agosto, acontecem as individuais de Melvin Edwards e Rubem Valentim. Em novembro, as de Sonia Gomes e Pedro Figari. Em dezembro, a de Lucia Laguna.Além disso, para junho, o Masp programa uma grande exposição coletiva intitulada Histórias Afro-Atlânticas, em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, que reunirá obras produzidas entre os séculos XVI e XXI que tratam do fluxo entre África, Américas, o Caribe e a Europa.O museu confirmou também que a mostra individual de Basquiat, que deveria abrir em março, foi cancelada, já que o Centro Cultural Banco do Brasil decidiu abrir outra exposição do mesmo artista em janeiro, também em São Paulo. “Apesar de Basquiat Afro-Atlântico ter sido concebida em 2016 e já contar com a confirmação de importantes empréstimos de grandes instituições internacionais, acreditamos que a realização de duas exposições do mesmo artista, que demandam alto investimento de recursos, no mesmo ano, seria um desserviço à população de São Paulo e um mal-uso de recursos incentivados”, disse o Masp.O Masp vem escolhendo eixos temáticos a serem seguidos por suas exposições desde 2015, quando entraram em cartaz Histórias da Loucura e Histórias Feministas. Em 2016, foi a vez de Histórias da Infância, e, em 2017, a de Histórias da Sexualidade.Fonte: Geledés

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