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Pontos de vista

Ninguém vai tirar a Virada Cultural de nós!

Por Paulo Novielo, jornalista e ativista cultural, especial para os Jornalistas Livres

Tudo é interseccional? Sobre a relação entre racismo e sexismo

por Ina Kerner*A discussão sobre interseccionalidade tem ocupado um espaço importante na pesquisa de gênero. O reconhecimento de que formas sexuais de injustiça são, por um lado, análogas e, por outro, empiricamente entrelaçadas com outras formas de injustiça — como as relacionadas a “raça”, etnia e religião — encontra nesse conceito sua expressão teórica. Se levarmos em consideração razões histórico-linguísticas, a importância de refletir com maior precisão sobre a relação entre racismo e sexismo é evidente por si só.Resumo

Vamos continuar a recolher corpos de mulheres mutilados e carbonizados?, por Cláudia Collucci

O corpo de Caroline, 28, foi encontrado com um corte na barriga. Estava grávida de cinco meses e recorreu uma clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Escondeu a gravidez da família e decidiu interromper a gravidez em comum acordo com o namorado.Pegou um ônibus sozinha em Paraíba do Sul, centro fluminense, onde morava com a família, na madrugada do dia 19. Duas horas depois, chegava à rodoviária do Rio. O corpo foi encontrado na noite do mesmo dia. O caso está na 21ª DP (Bonsucesso).

“Hoje eu virei estatística”

por Marina Ganzarolli*Hoje eu virei estatística. Mais uma vítima do machismo. Mais uma vítima da violência contra a mulher. Mais uma vítima da lesbofobia. Mais uma vítima do despreparo das polícias para lidar com a misoginia e a LGBTfobia. E tapa dado ninguém tira. Fui agredida e fui ameaçada de morte em Guarariba, no interior da Paraíba. Talvez, se ele estivesse armado, eu não estaria aqui agora escrevendo este relato.

Dez anos da Lei Maria da Penha: nenhum retrocesso é aceitável, por Dilma Rousseff

Há dez anos, graças à promulgação da Lei Maria da Penha, o enfrentamento da violência contra a mulher passou a contar com uma legislação consistente, inovadora, e, hoje, exitosa. Superamos a fase em que a sociedade fechava os olhos para esse problema –retratada pelo dito “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”– e adentramos um novo momento, em que proteger e apoiar as mulheres vítimas de violência tornaram-se responsabilidades do Estado.

Meu lacre é o poder

por Stephanie Ribeiro*O termo “tombar” se consagrou no hit de Karol Conka e significa arrasar, brilhar, chamar atenção. Mas, no contexto de desvalorização da negritude, ele coloca orgulho onde tinha vergonha. Lacra

Precisamos falar sobre gênero

*por Sinara GumiereEste texto é parte de uma série especial do blog Vozes da Igualdade, da Anis – Instituto de Bioética. Gênero está longe de ser tema novo por entre nós, mas percebemos que nem sempre se compreende do que é, afinal, que estamos falando. Queremos aprofundar a conversa. Por isso, essa é a semana do “Gênero fala de todo mundo”.

A ocupação do novembro negro e a primavera feminista

por Luka Franca*“O feminismo não terá cumprido sua proposta de mudança dos valores antigos se ele não levar em conta a questão racial”. GONZÁLEZ, Lélia. Entrevista ao jornal do MNU (Movimento Negro Unificado) em 1991.

Mulheres, onde ainda estamos?

por Luciana Lóssio*Em março de 2014, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, escrevi para a Folha um artigo intitulado “Mulheres, onde estamos?”, com o objetivo de demonstrar como a participação feminina na política brasileira ainda é tímida.

Com quantos paus se constrói um estuprador-universitário, por Patrícia Zaidan

Nenhum garoto nasce com ganas de violar. O comportamento não pode ser atribuído à natureza masculina, ao instinto primitivo, à força da biologia. Ou todos os homens, sem exceção, estuprariam. Um estuprador é fabricado. Vi isso, mais uma vez, ao escrever a reportagem “Estupro na Faculdade”, publicada na edição de setembro de CLAUDIA. O texto mostra que nas melhores universidades brasileiras os alunos estupram suas colegas como parte da vida recreativa estudantil. E as instituições fingem não ver o “abatedouro” de mulheres funcionando em suas dependências. Fingiam.

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