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Sistema permite acompanhamento de índices educacionais do Rio de Janeiro

O Instituto Desiderata, que tem como foco a área de educação, especificamente o segundo segmento (6° ao 9° ano) do Ensino Fundamental no Rio de Janeiro, criou um sistema territorializado de indicadores com o objetivo de disponibilizar e monitorar esta etapa de ensino. Todas as informações são apresentadas desagregadas pelas 10 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) e pelas 33 Regiões Administrativas (RA) da cidade, mostrando uma fotografia da realidade educacional do Rio de Janeiro através de mapas de indicadores. Os indicadores oferecidos no site têm como universo as 404 escolas municipais de ensino fundamental, com base no Censo Escolar 2009. Atualmente, esse número é de 415 escolas.Foram considerados indicadores de rendimento (aprovação e reprovação), de situação dos alunos (abandono e distorção de idade) e de desempenho (Prova Brasil e Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Ao mesmo tempo, foi feito um levantamento da estrutura disponível, usando como parâmetros os equipamentos existentes nas escolas. Esse sistema, baseado no modelo de mapas da organização Rio Como Vamos, será atualizado anualmente, de forma a contribuir para a análise aprofundada da qualidade da educação no município do Rio de Janeiro, com o monitoramento das políticas públicas do 2º Segmento e para a definição de ações governamentais e não-governamentais direcionadas às diferentes regiões da cidade. Alguns Indicadores que podem ser encontrados no sistemaO IDEB do segundo segmento do ensino fundamental no município do Rio de Janeiro em 2009 foi 3,6. Considerando a média da cidade do Rio de Janeiro, entre 3,3 e 3,9. Das 404 escolas estudadas: 96 ficaram acima da média (23,76%); 147 ficaram na média (36,39%); 127 ficaram abaixo da média (31,44%); 34 não tiveram avaliação (8,42%). Quando analisadas as escolas pelo seu número de alunos matriculados aparece o peso do território no contexto da cidade e percebe-se que quatro CREs (Realengo, Santa Cruz, Ilha do Governador e Engenho Novo) respondem por mais de 50% de todos os estudantes da cidade que estão em escolas com IDEB abaixo da média; esse dado pode ser usado para definição de prioridades de ação, mas deve levar em conta as desigualdades internas (RAs). Quando olhamos essas CREs por RA, percebemos que, por exemplo, de toda a Ilha do Governador, o que está impactando o número de alunos abaixo da média, são Ramos e Inhaúma apenas. O mesmo ocorre com a CRE de Realengo, onde Bangu concentra o maior número de alunos em escolas abaixo da média.Para os dados de rendimento e situação foram encontrados: - Os índices de reprovação são superiores a 20% em todas as CREs. O pior índice é de Realengo (26,65%) e o melhor, da Barra (20,03%);- O fato significativo é que a reprovação tem grande concentração no 6º ano: cerca de 40% de todas as reprovações do segundo ciclo ocorrem nesse momento;- A análise por RA mostra disparidades intraurbanas ainda mais significativas: vai de 11% em Paquetá e 15% na Barra para 39% no Complexo do Alemão e 53% em Santa Teresa.Abandono/ evasão:- Os índices de evasão/abandono variam de 1,66% em Madureira a 5,09% em Santa Cruz, no total do 6º ao 9º ano;- De um modo geral, como na reprovação, há maior concentração no 6° ano;- No entanto, em algumas CRES, como Barra da Tijuca e Praça Mauá, o 9º ano também apresenta piora do indicador e constitui na média o segundo pior ano para a evasão.- Quando analisamos por RA, os índices de evasão/abandono variam de 0,94% no Complexo do Alemão, a 5,78% em Santa Cruz e 6% na Maré;- Em 11 RAs, a evasão/abandono no 9º ano supera o índice do 6º ano.Indicador de não aprovação (soma de abandono/evasão e reprovação):- Reaparecem Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Ramos entre as áreas que concentram o maior número de estudantes não aprovados;- Se pensarmos um tipo de ação focada para melhorar, a partir de causas identificadas, de 4 RAs da cidade, o impacto disso atinge mais de 50% do resultado total da cidade do Rio de Janeiro.Saiba mais em http://www.desiderata.org.br/noticias/educacao180511.shtml.

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