Os países em desenvolvimento contam com uma nova ferramenta capaz de ajudá-los a melhor aproveitar os recursos para enfrentar as mudanças climáticas. É o guia chamado “A Incorporação dos Financimentos Climáticos através dos Fundos Nacionais para o Clima” - do inglês, Blending Climate Finance through National Climate Funds. O documento é baseado na experiência acumulada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na criação, gestão e assessoramento de 750 fundos e na prestação de serviços a mais de US$ 5 bilhões em contribuições obtidas a partir de múltiplos doadores.A publicação, que acaba de ser lançada, traz um passo-a-passo para a criação de fundos nacionais relacionados ao clima, tornando-se um recurso essencial para legisladores, economistas, investidores e doadores envolvidos nas respostas nacionais ao problema.“Estamos proporcionando aos governos uma receita para que eles possam acessar mais recursos e melhorar a gestão das atividades relacionadas às mudanças climáticas”, disse Olav Kjorven, Administrador-Assistente e Diretor de Políticas de Desenvolvimento do PNUD. “Este manual pode mudar radicalmente a forma como o governo planeja, financia e cumpre as políticas relacionadas ao clima. Isso pode ser uma grande contribuição para um mundo mais limpo, justo e sustentável", completou Kjorven.Mais de 50 fundos públicos internacionais, 45 mercados de carbono e seis mil fundos de capital privado ou private equity - mecanismo do mercado financeiro para compra de participação em empresas emergentes no mercado privado - fornecem bilhões de dólares para ações relacionadas às mudanças climáticas em âmbito nacional.Entre 2009 e 2010, os investimentos do setor de energia limpa em todo o mundo cresceram 30%, atingindo um valor recorde de US$ 243 bilhões. No entanto, apenas cerca de um décimo desses investimentos saíram de países membros do G-20 e se destinaram a áreas altamente vulneráveis às mudanças nos padrões climáticos, como os países menos desenvolvidos e Estados insulares.Entre os desafios para os países em desenvolvimento que procuram tomar medidas para financiar ações desse tipo estão a coleta de fundos a partir de centenas de fontes, a coordenação de atividades por elas financiadas e a contabilização de resultados. Um fundo climático nacional com objetivos claramente definidos, recursos, normas, relatórios e monitoramento os ajudaria a enfrentar esses desafios.Exemplos de sucesso de fundos climáticos nacionais desenvolvidos no Brasil, em Bangladesh, na China, na Indonésia e em outros países são destaque no guia. A publicação faz parte de uma série de manuais práticos, guias e kits de ferramentas destinados a apoiar os países na transição para um desenvolvimento sustentável, com baixa emissão de poluentes e mais resiliente às mudanças climáticas.Fonte: PNUD
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