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Crianças devem estar no centro da resposta global à aids

"Em todos os nossos esforços, devemos ter como alvo as crianças e as mães mais vulneráveis. Tratamentos que salvam vidas apenas salvam vidas se forem acessíveis, estiverem disponíveis e chegarem àqueles que mais precisam", disse Anthony Lake, Diretor Executivo do UNICEF, em evento paralelo à Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU sobre a Aids. "O esforço global para alcançar uma geração sem aids só poderá ter êxito se combinarmos nossa ação a nossas palavras e nossos compromissos."Nos dias que a antecederam e durante a Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU sobre a Aids (8-10 junho), o UNICEF envolveu líderes mundiais, os tomadores de decisão nacionais e a sociedade civil em várias frentes, para que se cumpram os compromissos pelas crianças, jovens e mães na resposta global à aids.Em um evento paralelo para os delegados de alto nível co-organizado pelo UNICEF, UNAIDS e os governos da Austrália e de Botsuana durante a Reunião de Alto Nível, o UNICEF anunciou a renovação da campanha "Unidos com as crianças e os adolescentes – Unidos vamos vencer a aids!", com o desafio global de ajudar a eliminar novas infecções pediátricas por HIV e conseguir uma redução de 30% de novas infecções entre os jovens."Em todos os nossos esforços, devemos ter como alvo as crianças e as mães mais vulneráveis. Tratamentos que salvam vidas apenas salvam vidas se forem acessíveis, estiverem disponíveis e chegarem àqueles que mais precisam", disse Anthony Lake, Diretor Executivo do UNICEF, no evento de 9 de junho. "O esforço global para alcançar uma geração sem aids só poderá ter êxito se combinarmos nossa ação a nossas palavras e nossos compromissos."Mais cedo naquele dia, o UNICEF, o UNAIDS, o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da Aids (PEPFAR) e outros parceiros do Grupo de Trabalho Global lançaram o "Countdown to Zero" (somente em inglês), um plano global para reduzir em 90% até 2015 o número de novas infecções pelo HIV entre as crianças e para cortar pela metade o número de mães que morrem por causas relacionadas à aids.O UNICEF saudou a aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 7 junho de 2011, que reconhece que os efeitos devastadores do HIV são agravados em cenários de conflito e pós-conflito. A incidência elevada de violência sexual, o deslocamento e o acesso reduzido aos serviços de HIV que ocorrem em condições de violência e instabilidade agravam a propagação do HIV. O UNICEF também saudou a adoção, pela Assembleia Geral da ONU em 10 de junho, de novos e ambiciosos objetivos para derrotar a aids. Incluídos entre os objetivos da declaração estão garantir que nenhuma criança nasça com o HIV a partir de 2015 e aumentar o acesso aos serviços de prevenção, tratamento e proteção.Anterior à Reunião de Alto Nível sobre a Aids, o UNICEF apresentou o relatório global Oportunidade na Crise: Prevenção do HIV do início da adolescência ao início da vida adulta (somente em inglês), que destaca os riscos que os adolescentes enfrentam na transição para a idade adulta e mostra pela primeira vez dados de infecções por HIV entre os adolescentes mais jovens.Lançado em 1º de junho, em Johanesburgo, em conjunto com UNAIDS, UNESCO, UNFPA, OIT, OMS e Banco Mundial, o relatório identifica os fatores que elevam o risco de infecção entre adolescentes e jovens – especialmente meninas e mulheres –, bem como as oportunidades para fortalecer os serviços de prevenção e desafiar práticas sociais nocivas."Dez anos atrás, os líderes mundiais assumiram a promessa de reduzir a prevalência do HIV nos jovens, globalmente, em 25% até 2010 – uma meta que, apesar do progresso, não conseguimos alcançar", disse Martin Mogwanja, Diretor Executivo Adjunto do UNICEF. "No entanto, chegar a uma geração de crianças nascidas livres do HIV está ao nosso alcance. Para conseguir isso, devemos acelerar os esforços para fornecer um pacote de intervenções de eficácia comprovada para alcançar os jovens no momento certo em sua vida."Embora a prevalência do HIV tenha diminuído globalmente em cerca de 12% entre os jovens na última década, estima-se que 2.500 são infectados com o HIV a cada dia, segundo o relatório Oportunidade na Crise. As pessoas entre 15 e 24 anos representam 41% das novas infecções entre adultos com mais de 15 anos de idade em 2009. E, no grupo etário de 10 a 19 anos, os novos dados estimam que 2 milhões de adolescentes (de 1,8 milhão a 2,4 milhões) estão vivendo com o HIV. A maioria deles vive na África ao sul do Saara; a maioria, mulheres; a maioria sem conhecimento do seu status sorológico.Nos preparativos para a Reunião de Alto Nível, o UNICEF organizou este ano o Fórum Global de Parceiros sobre crianças afetadas pela aids, juntamente com PEPFAR e UNAIDS. O fórum deste ano, realizado em Nova Iorque, reuniu 100 representantes de alto nível de governos, sociedade civil, doadores, organizações internacionais e instituições acadêmicas para se concentrar na maximização do impacto dos programas de proteção, cuidados e apoio às crianças afetadas pelo HIV e aids.Enquanto os esforços mundiais para melhorar a vida das crianças afetadas pelo HIV e aids estão aumentando, eles ainda ficam aquém das necessidades crescentes de milhões. No final de 2010, estima-se que 16,6 milhões de crianças perderam um ou ambos os pais devido à aids – dos quais, 14,9 milhões na África ao sul do Saara. Muitas crianças afetadas pelo HIV continuam enfrentando enormes desafios, incluindo o fardo de cuidar de parentes doentes; o trauma da perda dos pais; o risco de uma iniciação e de abuso sexual precoce, que por sua vez pode deixar as crianças – principalmente meninas – mais suscetíveis à infecção pelo HIV; e dificuldades econômicas devido a elevados custos de saúde e rendimentos em declínio.Para ajudar a aumentar a conscientização sobre o impacto devastador do HIV em crianças e a necessidade de mantê-las no centro das estratégias globais de prevenção, proteção e tratamento do HIV, o embaixador do UNICEF Lang Lang vai tomar as ruas de Nova Iorque neste mês. Imagens e mensagens de Lang Lang deverão aparecer através da cidade desde em táxis até na Times Square."Muito mais precisa ser feito para ajudar as crianças mais vulneráveis – especialmente aquelas que perderam um pai, um professor, um profissional de saúde ou outro ente querido devido à aids", disse Lang Lang, explicando sua decisão de lançar a campanha de sensibilização. "Este é um problema global que requer uma resposta global. Nós todos temos um papel a desempenhar, e precisamos agir com urgência para ajudar a assegurar que a vida das crianças e a vida de seus familiares sejam salvas e melhoradas".Mais informações:Estela CaparelliE-mail: mecaparelli@unicef.orgTelefone: 61 3035 1963Pedro Ivo AlcantaraE-mail: pialcantara@unicef.orgTelefone: 61 3035 1983Letícia SobreiraE-mail: lsobreira@unicef.orgTelefone: 61 3035 1917Alexandre AmorimE-mail: aamorim@unicef.orgTelefone: 61 3035 1947Fonte: Unicef

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