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Música para os ouvidos e para a educação

Autor original: Giuliano Djahjah Bonorandi

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

O Instituto Junia Rabello (IJR) está com inscrições abertas para projetos de todo o Brasil. A entidade irá selecionar ações que utilizem a música como instrumento de educação e formação de crianças e adolescentes. O IJR foi criado em novembro de 2002 por Kátia Rabello, presidente do Banco Rural na época, realizando assim o sonho de sua irmã, Junia Rabello, falecida em 1999. Este sonho era o de criar uma fundação para investir em projetos de esporte e cultura, além de atuar na área da educação. Hoje, o Instituto recebe 1% do lucro líquido do banco para investimentos em projetos sociais.

A entidade tem como objetivo principal apoiar projetos que foram elaborados por organizações do terceiro setor ou escolas públicas, direcionados para crianças e adolescentes, além  de potencializar os conhecimentos que estas experiências acumularam, aprendendo com elas e inserindo todo o conhecimento e recursos da instituição financeira no aprimoramento destas iniciativas. Em 2003, primeiro ano de atuação, aproximadamente oito mil crianças e adolescentes foram beneficiados em dez estados brasileiros.


Ao longo do ano passado, o Instituto investiu R$ 1,2 milhão em 20 projetos sociais, sem definir previamente a área de atuação dos mesmos. Em 2004, porém, o processo de seleção se modificou. A instituição decidiu estabelecer um foco para os projetos que irá apoiar: as ações deverão promover atividades que fazem da música o caminho para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Leda Rabello, diretora-presidente do IJR, explica: "a escolha da música como tema dos projetos veio da experiência das ações apoiadas em 2003. Percebemos que essa arte é uma arma poderosa para envolver crianças e jovens em processos de reintegração à sociedade". A maestrina Cecília Silveira concorda e acrescenta: "O ensino da música desenvolve as crianças no raciocínio lógico e matemático, na coordenação motora, na expressão corporal e, principalmente, na parte afetiva". Cecília é coordenadora do projeto Oficinas de Música da Escola Heitor Villa Lobos, de Porto Alegre, apoiado pelo Instituto Junia Rabello em 2003.


Cada instituição selecionada receberá R$ 50 mil para desenvolver o seu projeto. Poderão participar organizações não-governamentais sem fins lucrativos que estejam constituídas juridicamente há mais de um ano e escolas públicas através da Caixa Escolar, Associação de Pais e Mestres ou Colegiado. O processo de seleção será dividido em três fases, e entre os critérios de escolha estão a participação da comunidade, a inovação e o custo por pessoa beneficiada. O resultado final será divulgado no dia 5 de abril.


As inscrições vão até 1º de março e as fichas podem ser encontradas em qualquer agência do Banco Rural em todo o país ou no sítio www.institutojuniarabello.org.br. Se a organização não tiver acesso à Internet, nem às agências bancárias, poderá solicitar a ficha de inscrição pelo telefone (31) 3239-5659. As fichas preenchidas devem ser entregues nas agências do Banco Rural ou encaminhadas para: Instituto Junia Rabello, Rua Rio de Janeiro, 927, 13º andar, Centro, Belo Horizonte (MG), Cep 30.160-914. O regulamento completo está no endereço www.institutojuniarabello.org.br/namidia/conteudo/regulamento.pdf .


Giuliano Djahjah Bonorandi

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