Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Uma entrevista semanal sobre temas relevantes para o Terceiro Setor
Como forma de alicerçar a Campanha Nacional para Transplante de Medula Óssea de 2004, a presidente da Abrale, Merula Steagall, encaminhou pessoalmente ao Ministério da Saúde uma solicitação de apoio para que algumas medidas sejam tomadas até o lançamento da campanha. Entre as solicitações destacam-se os seguintes investimentos governamentais:
- Na estrutura atualmente existente, como forma de garantir recursos e pessoal capacitado para ampliação da oferta de todos os serviços que envolvam o processo de Transplante de Medula Óssea (TMO) e o tratamento de patologias onco-hematológicas;
- Em treinamento, atualização e capacitação de funcionários(as) para todas as etapas que envolvam o tratamento;
- Na ampliação da estrutura atualmente operante nos tratamentos de onco-hematologia - novos centros de tratamento e transplante - e na melhoria e manutenção da estrutura já existente;
- Na compra de medicamentos de ponta, o que incorre em economia nas despesas com internação e melhoria na qualidade de vida e produtividade de seus cidadãos;
Informação e educação são as áreas de atuação mais importantes e efetivas da Abrale, por isso, antes do início público da campanha, previsto para maio de 2004, a associação vai reeditar os 15 manuais informativos desenvolvidos em parceria com a The Leukemia & Lymphoma Society, dos EUA. Além de suprir a procura por informações sobre linfoma e leucemia, que deve aumentar a partir da campanha nacional, a reedição dos manuais vai cobrir uma demanda já existente, e cada vez maior.
A organização pretende estimular também o mapeamento da situação atual da rede de centros onco-hematológicos no Brasil, com informações sobre tratamentos disponibilizados e equipes profissionais atuantes em cada local, formando um banco de informações inédito no país, que também será usado para identificar a demanda nacional pelo TMO. Com esse diagnóstico, as intervenções e ações do governo poderiam ser mais certeiras. A Abrale pretende fazer também:
- Divulgação da campanha em instituições que também desenvolvam trabalhos que envolvam cânceres sangüíneos, em instâncias do governo, hemocentros e laboratórios, e entre profissionais da saúde.
- Negociação com o governo federal para incremento e ajuste das portarias relativas ao TMO.
- Treinamento, cursos e debates dirigidos a profissionais da saúde, além de palestras e fórum de debates com profissionais nos principais pontos de coleta de sangue.
- Edição e distribuição de vídeo informativo, feito em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, para estimular os doadores de sangue a também doarem medula óssea.
- Mobilização do Comitê Científico, dos subcomitês e dos núcleos regionais da Abrale.
- Ampla divulgação na mídia, na Internet - no sítio da Abrale e nas principais páginas afins do país - e em congressos nacionais e internacionais, entre eles a II Conferência Internacional de Linfoma e Leucemia, em abril de 2004, em Campinas.
- A Abrale pretende ainda fazer de sua sede um centro irradiador de informações sobre a campanha, padronizando informações com o Disque Saúde do governo federal.
- Negociação de uma vaga no Consinca (Conselho Consultivo do Inca).
Com tudo isso, a Abrale quer reunir todas as responsabilidades sobre o assunto para que o transplante de medula óssea no Brasil possa ser feito de forma interligada, numa cadeia de ações e intervenções que possam otimizar a dinâmica de doações, recebimentos e realizações dos transplantes.
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