Autor original: Giuliano Djahjah Bonorandi
Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor
De 1º a 4 de abril acontece o Fórum Mundial de Educação de São Paulo (FME-SP), evento que faz parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Esta edição do fórum tem caráter temático e precederá a principal, que acontece em julho, na cidade de Porto Alegre. Com o tema "Educação cidadã para uma cidade educadora", espera-se receber no fórum paulista um público superior a 60 mil pessoas, tendo a participação de vários países de diferentes continentes.
Em janeiro de 2003, na sua segunda edição, o FME se transformou e deixou de ser um evento. O documento final daquele encontro propôs que o FME se tornasse um movimento e que se engajasse na construção coletiva de uma plataforma mundial de educação, uma plataforma de lutas frente ao neoliberalismo e à mercantilização da educação. Além dessa causa comum, o movimento Fórum Mundial de Educação se baseia no pluralismo de idéias, métodos e concepções. Pretende ser um "espaço democrático, diversificado, não confessional, não-governamental e não partidário".
O Comitê Organizador do FME-SP é composto por 150 entidades como sindicatos, escolas, universidades públicas e particulares, organizações estudantis, ONGs, empresas, fundações, governos e movimentos populares. A promoção do evento é do Instituto Paulo Freire (IPF, que também opera a Secretaria Executiva do Fórum Mundial de Educação) e da Prefeitura Municipal de São Paulo.
Dentre os vários eixos temáticos a serem abordados no evento de São Paulo, o conceito de cidade educadora será bastante discutido. O termo surgiu em 1990, na Espanha. Naquele ano, foi lançada em Barcelona, atual sede da Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE), a Carta de Cidades Educadoras, que enumera alguns princípios básicos para definir uma cidade como tal. A idéia é que a educação não deve ser exclusividade de instituições como a escola e a família; ela também deve ser competência da cidade que precisa se tornar efetivamente um espaço educacional.
O professor Moacir Gaddoti, diretor geral do Instituto Paulo Freire, explica: "Todos os espaços da cidade devem se transformar intencionalmente em espaços educativos. Queremos que o cidadão não seja apenas um consumidor, mas, sim, um sujeito ativo, que influencie seu próprio ambiente."
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