Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
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De acordo com o Balanço Energético Nacional, que apresenta dados relativos ao consumo em 2002, o país teve uma oferta naquele ano de 382,2 TWh (um terawatt é equivalente a um milhão de megawatts). As hidrelétricas representam 74,7% desse total. Apesar do predomínio absoluto, a participação das fontes hidráulicas está diminuindo. Em 1970, elas representavam 87% da eletricidade ofertada no país. Vinte anos depois, a participação caiu para 82,9%. Ou seja, em 32 anos, a presença diminuiu 16%. Atualmente o restante é preenchido por energia nuclear, responsável por 3,6%; carvão mineral (1,6%); gás natural (3,4%); derivados de petróleo (3,4%), além de 9,6% importados e 3,6% vindos de outras fontes, entre elas as alternativas, como eólica e biomassa.
Ao contrário da média mundial, a maior parte da produção de energia no Brasil (41%), vem de fontes renováveis. No exterior, apenas 14% da matriz energética é oriunda de fontes que se renovam, número que cai para 6% no Primeiro Mundo. A maior parte da energia (40,7%) é gerada na região Sudeste, seguida pela Sul (31,7%), pelo Nordeste (13,2%), pelo Norte (10,8%) e pelo Centro-Oeste (3,5%). Os maiores consumidores são as indústrias, que gastam 46,2% da energia nacional, 46% a cargo do setor eletrointensivo (alumínio, por exemplo). As residências consomem 22,6% da energia, enquanto o comércio e o setor público são responsáveis por 23%. O restante é dividido entre o setor energético e agricultura.
Apesar desses números, calcula-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas não tenham acesso à energia elétrica em suas residências. Pensando nisso, o governo lançou em novembro do ano passado o programa “Luz para Todos”. Seu objetivo é levar eletricidade para 12 milhões, sendo 10 milhões em áreas rurais, até 2008. O investimento vai demandar R$ 7 bilhões, sendo R$ 5,3 bilhões vindos do governo federal. O resto será complementado por concessionárias, estados e municípios.
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