Autor original: Marcelo Medeiros
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Organizações não-governamentais européias estão preocupadas com a políticas de cooperação para o desenvolvimento de países do Sul. A Confederação Européia de ONGs de Cooperação para o Desenvolvimento e Ajuda de Emergência, que reúne 1.200 entidades, publicou um manifesto no qual afirma que as expectativas para o futuro não são muito boas. No documento, as organizações mostram preocupação com a ampliação da União Européia, que pode levar os governos a concentrarem ações no continente, deixando de lado os países de fora. Além disso, segundo a Confederação, as atuais propostas para a Constituição Européia "põem em risco a cooperação, deixando-a à margem de uma apertada agenda comercial e de segurança".
O manifesto, intitulado "Uma agenda de desenvolvimento sólida para a nova Europa", foi enviado a partidos políticos e candidatos das próximas eleições européias, que acontecem em 13 de junho. Ele estabelece três prioridades: defesa de direitos humanos, democracia e erradicação da pobreza como eixos da política de cooperação; promoção de políticas de comércio, agricultura, pesca e segurança coerentes com os compromissos já assumidos; e a democratização das relações exteriores da UE. "A ajuda da Comunidade Européia está cada vez mais dirigida a países de renda média próximos a suas fronteiras e importantes em termos de mercado ou assuntos de imigração", dizem as organizações. Em resposta a isso, elas pedem que 70% da ajuda seja destinada a países menos avançados e de baixa renda até 2007.
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