Produzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o documento mapeia as desigualdades sociorraciais no Brasil com base em indicadores econômicos, sociais e demográficos do IBGE de 1998 a 2008. Entre os dados alarmantes está o aumento dos assassinatos de mulheres negras em 2007, em número 41,3% superior que o observado entre as mulheres brancas. Como reflexo das desigualdades raciais, os negros têm menos acesso às políticas públicas de saúde, educação e distribuição de renda."A mesa de abertura terá como expositores o deputado membro da Comissão de Legislação Participativa e autor da sugestão de pauta, Paulo Pimenta; a ministra da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), Luiza Bairros; um dos diretores do INESC, Átila Roque; e a representante da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, Rebecca Tavares. Em seguida, haverá um debate entre o coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão; Sônia Fleury, da Fundação Getúlio Vargas; Jurema Werneck, coordenadora da ONG Criola; e a jornalista Miriam Leitão." Marcas das desigualdades raciais no Brasil"O relatório foi produzido pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com apoio da Fundação Ford, do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul." "O relatório também traz informações sobre os índices de mortalidade materna no país e dá conta que, em 2007, a cada 100 mil nascidos vivos, 55 mulheres morreram em decorrência de problemas relacionados à maternidade. As mulheres negras representavam 59% desse total. O estudo ainda revela que as negras estão em piores condições quanto à realização de exames preventivos e de pré-natal. Entre as mães brancas, 70,1% realizaram sete ou mais consultas, enquanto entre as negras o número é de 42,6%." "Além desses dados, a pesquisa revela avanços em relação à escolaridade da população negra. Em 20 anos (1988 - 2008), a média de anos de estudos de pretos e pardos, com idade superior a 15 anos, foi de 3,6 para 6,5 anos. Em relação ao acesso ao ensino superior, os números são expressivos; entre as mulheres negras passou de 4,1% para 20% e entre os homens negros de 3,1% para 13%."Seminário de Lançamento do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no BrasilData: 14/09/2010Horário: 14hLocal: Plenário 03, Anexo 2 da Câmara dos Deputados, Brasília/DFFonte: Agência Patrícia Galvãohttp://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2082&catid=104
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