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Quilombolas começam campanha pela titulação de terras

Autor original: Marcelo Medeiros

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Nos dias 23 e 25 de setembro a Coordenação das Associações das Comunidades Quilombolas do Pará (Malungu) lança campanha nacional pela titulação das terras de quilombos no estado.

No dia 23 o lançamento acontece no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil de Belém (Praça Barão do Rio Branco 93, Campina), às 10h. Dois dias depois é a vez de São Paulo receber a manifestação no auditório da Ação Educativa (rua General Jardim 660, Vila Buarque), também às 10h.

A Malungu pede às pessoas que enviem cartas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão responsável pela titulação de terras no país, e ao Instituto de Terras do Pará (Iterpa) pedindo que novas comunidades recebam o título de propriedade de suas terras. Há um modelo de carta na página www.cpisp.org.br.

De acordo com a coordenação, o Pará abriga hoje 200 comunidades negras descendentes de quilombos. Dessas, 77 (cerca de 3.600 famílias) têm o título das terras, que ocupam 523 mil hectares, o equivalente a 58% das terras quilombolas já tituladas no Brasil.

Essas e outras comunidades frequentemente entram em conflito com grileiros, madereiros e fazendeiros. Desde 2000, o governo federal não titula nenhuma terra de quilombo. A primeira titulação no Brasil aconteceu em Oriximiná (PA) em 1995.

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