Autor original: Marcelo Medeiros
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A produção de alimentos da América Latina é três vezes maior do que o necessário para alimentar todos os habitantes da região, mas ainda há muitas pessoas passando fome. O anúncio foi feito pelas Nações Unidas no último dia 24. “A perda de potencial de talentos causada pela fome e pela desnutrição é provavelmente a maior ameaça a longo prazo para o desenvolvimento econômico e social de nossos países”, declarou Philip Clarke, diretor regional para América Latina e Caribe do Programa Mundial de Comida.
De acordo com dados do programa, 20% das crianças com até cinco anos que moram na região sofrem com a má nutrição. Os 24 países latino-americanos somam 530 milhões de habitantes e produziram, em 2002, comida suficiente para alimentar 1,8 bilhão de pessoas. De acordo com a entidade internacional, os números evidenciam um grave problema de distribuição de alimentos.
A notícia veio no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) anunciou medidas para ajudar países em desenvolvimento a atingirem o Objetivo do Milênio relacionado à alimentação. (As Nações Unidas estabeleceram que até 2015 o percentual de crianças com fome em 1990 deveria ser reduzido pela metade).
As “Linhas Voluntárias”, como estão sendo chamadas por não serem obrigatórias, levam em consideração diversos princípios, entre eles a igualdade de oportunidades, participação política, responsabilização administrativa e a aplicabilidade de leis.
“Elas abrangem todo tipo de ações necessárias para serem tomadas nacionalmente para construir um ambiente para as pessoas se alimentarem com dignidade e estabelecer redes de segurança para aqueles que não o conseguirem”, declarou o diretor-geral assistente do Departamento Econômico e Social da FAO, Hartwig de Haen.
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