Autor original: Marcelo Medeiros
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Associação Brasileira de Organizações não-governamentais (Abong) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) lançaram a pesquisa “As fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil”, que compila informações sobre o terceiro setor. Ela revela que a maior parte das associações é pequena e nova e que seu crescimento é maior a cada década.
De acordo com os dados, relativos a 2002, as 276 mil associações sem fins de lucro e fundações privadas brasileiras empregam 1,5 milhão de pessoas, movimentando, em salários e remunerações, cerca de R$ 17,5 bilhões.
O critério de seleção das entidades foi serem, ao mesmo tempo, “voluntárias, autônomas e privadas, formadas por cidadãos que se reúnem livremente em torno de objetivos comuns”.
A pesquisa revela que a maior parte das entidades (44%) está no Sudeste. A maioria (62%) das associações sem fins lucrativos foi criada a partir dos anos 90, década em que seu número mais cresceu. De 1970 para 1980, a quantidade de associações cresceu 88%; de 1980 a 1990, 124%; e de 1996 a 2002, 157%.
O estudo mostra também que o maior crescimento foi observado nas organizações voltadas para a promoção do desenvolvimento e a defesa dos direitos, o que engloba os centros comunitários, associações de moradores e de defesa de grupos específicos ou de minorias. Seu número quadruplicou na última década, chegando a 45 mil em 2002. Quarenta por cento delas estão no Nordeste, onde também encontram-se 51% das organizações de produtores rurais.
A pesquisa mostra ainda que a média de remuneração dos trabalhadores nas empresas sem fins lucrativos era de 4,5 salários mínimos mensais, ligeiramente superior à média dos assalariados das empresas em geral (públicas, privadas lucrativas e não-lucrativas), que era de 4,3 salários por mês. A média é puxada para cima por empregados qualificados de hospitais, escolas e universidades.
A íntegra da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/fasfil/default.shtm.
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