Autor original: Joana Moscatelli
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Os indígenas Tupinikim e Guarani divulgaram nota pública em repúdio às ações da empresa Aracruz Celulose, que desde 1960 tem ocupado territórios de indígenas e agricultores dos estados do Espírito Santo e da Bahia para estabelecer plantações de eucaliptos. Apesar de, em 1997, a Funai ter identificado 18 mil hectares como terras tradicionalmente ocupadas pelos povos Tupinikin e Guarani, cerca de 11 mil hectares continuam nas mãos da empresa. Os indígenas afirmam, ainda, que o acordo feito com a Aracruz não conseguiu resolver o impasse, causando ainda mais dificuldades a eles, como dependência econômica, divisão entre as aldeias e enfraquecimento da cultura. Para os índios, a luta pela terra é também a luta pela sobrevivência física e cultural e, segundo a nota, eles não descansarão enquanto não recuperarem integralmente suas terras.
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