Melhor, mas ainda insatisfatório

Autor original: Fausto Rêgo

Seção original:

Rodrigo Martins

Conjunto de cinco relatórios sobre o desempenho do Brasil e dos estados brasileiros nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), as publicações são um resultado da Rede de Laboratórios Acadêmicos para Acompanhamento dos ODMs, formada por cinco instituições acadêmicas.

Os parceiros são: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Laboratório Sudeste), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Laboratório Sul), Laboratório Nordeste (Desigualdade de Raça e de Gênero), Universidade Federal do Pará (Laboratório Norte) e a Universidade de Brasília (Laboratório Centro-Oeste).

Estes são os estudos da coleção:

Apresentação — O representante do PNUD e coordenador da ONU no Brasil, Carlos Lopes, e o reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Eustáquio Afonso Araújo, escrevem sobre os princípios da Rede Acadêmica de Acompanhamento dos Objetivos do Milênio e sobre a Agenda do Milênio no Brasil.

Pobreza e fome — Este estudo aborda o primeiro dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: erradicar a pobreza e a fome até 2015. O relatório, produzido pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), aponta que a pobreza e a pobreza extrema recuaram na década de 90 no Brasil, mas numa velocidade insuficiente e de maneira desigual.

Educação — Este estudo é dedicado ao segundo Objetivo do Milênio: atingir o ensino básico universal. A publicação, a cargo da PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), mostra que entre 1991 e 2000 houve melhoria em todos os indicadores educacionais analisados, em todas as regiões, em todos os Estados e para todas as raças. Contudo, persistem diferenças internas muito elevadas.

Desigualdades de raça e de gênero — Este estudo refere-se ao terceiro Objetivo do Milênio: promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres. Especialistas da Universidade Federal de Pernambuco, que elaboraram o documento, indicam que as mulheres, apesar de possuírem mais anos de estudo, têm menor probabilidade de se empregar e recebem salários menores para desempenhar a mesma função dos homens. As mulheres negras sofrem ainda mais.

Saúde — Elaborado pela Universidade Federal do Pará, este relatório abrange três Objetivos do Milênio: reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna e combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças. O estudo aponta que a década de 90 consolidou a tendência de redução da mortalidade infantil, mas houve pequena queda na participação de mortes por causas evitáveis.

Sustentabilidade ambiental — O relatório aborda o sétimo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio: Garantir a sustentabilidade ambiental. A cargo da UnB (Universidade de Brasília), o estudo aponta que o país está longe de atingir a sustentabilidade ambiental e de cumprir as metas estabelecidas neste Objetivo.

Os estudos temáticos estão disponíveis na área de Downloads desta página.