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Quase R$ 32 milhões para combate a DST e aids

Autor original: Mariana Hansen

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor






Quase R$ 32 milhões para combate a DST e aids
Divulgação

O Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) lançaram mais uma convocatória para o financiamento de pesquisas sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aids. Serão abordadas 64 linhas temáticas nas três novas chamadas de pesquisa: população negra; regiões Norte e Centro-Oeste; pesquisa clínica e clínico-epidemológica. No total, está prevista a liberação de R$ 31,7 milhões para financiar os novos projetos.

Poderão se inscrever instituições de ensino ou pesquisa, públicas ou privadas, assim como organizações não-governamentais e/ou serviços de saúde que mantenham pesquisadores qualificados. Segundo a chefe da Unidade de Pesquisa do Programa Nacional de DST e Aids, Cristina Possas, as expectativas quanto a essas chamadas são bastante otimistas. "A competência brasileira no campo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em HIV/aids e outras DST é reconhecida internacionalmente. Embora não possamos antecipar o número de projetos que serão submetidos, estamos confiantes com relação à qualidade e ao potencial das pesquisas propostas", diz.

Esta iniciativa tem como objetivo ajudar a aprimorar o conhecimento científico e tecnológico na assistência de pessoas vivendo com HIV/aids e pessoas acometidas de DST. Também pretende contribuir para a melhoraria de ações, políticas e programas desenvolvidos pelo Programa Nacional de DST e Aids.

Cada chamada possui leque próprio de temas, verba destinada e número de projetos a serem aprovados. No campo de população negra, há três linhas temáticas, podendo ser selecionados até 11 projetos, com verba de até R$ 1 milhão. Na linha de pesquisa clínica e clínico-epidemológica, são 23 linhas temáticas, podendo ser contempladas até 50 pesquisas, com o valor máximo de R$ 11 milhões para essa área. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, os projetos devem abranger aspectos epidemológicos, clínicos, clínico-epidemológicos, comportamentais, sociais e de direitos humanos. São 38 linhas temáticas, com investimento total de R$ 19,7 milhões. O valor máximo individual dos projetos de pesquisa que serão financiados é estabelecido de acordo com a linha temática escolhida.

As inscrições estarão abertas até o dia 29 de julho. As propostas deverão ser enviadas em formulário especial disponível no portal www.aids.gov.br, assim como os editais de cada chamada. Só serão aceitos os projetos entregues e protocolados até as 18h do dia 29 de julho, na Representação da Unesco em Brasília (DF). Não serão aceitas propostas encaminhadas por correio eletrônico ou fax.

Três aspectos serão verificados durante o processo de seleção e aprovação: se os documentos solicitados estão completos e devidamente preenchidos; se a proposta está inserida na linha temática descrita na chamada; se há qualidade científica, adequação metodológica do projeto, experiência, estrutura de gerenciamento de recursos públicos, proposta orçamentária e potencial de repercussão dos resultados na saúde pública.

"Esperamos resultados de boa qualidade científica. E o mais importante é que esses resultados não se limitem a um mero relatório de pesquisa ou publicações, mas que possam ser efetivamente incorporados ao processo decisório governamental, melhorando a qualidade de vida da população e das pessoas vivendo com HIV/aids ou portadoras de outras DST", conclui Cristina Possas.

Os resultados da convocatória serão divulgados nos sites do Programa Nacional de DST e Aids (www.aids.gov.br) e da Unesco (www.unesco.org.br). Todos os participantes também serão comunicados individualmente, por ofício.


Mariana Hansen

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