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Ainda uma epidemia global

Autor original: Marcelo Medeiros

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Ainda uma epidemia global

Erradicar a pobreza extrema e a fome, reduzir a mortalidade infantil e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) relativos à saúde e à educação dependem em grande medida dos progressos alcançados no âmbito da nutrição. Se o problema da desnutrição não for abordado devidamente, será difícil cumprir os demais ODMs.


Todos os anos, calcula-se que a desnutrição contribui para a morte de 5,6 milhões de meninos e meninas menores de cinco anos. Um em cada quatro menores de cinco anos – ou 146 milhões no mundo em desenvolvimento – pesa menos que o normal para sua idade, o que aumenta o risco de morte prematura.

A nutrição deficiente não só prejudica os indivíduos, como também a sociedade inteira. Quando as mulheres grávidas não se alimentam corretamente, seus filhos nascem com baixo peso, um problema que põe em risco sua sobrevivência. Quando as meninas estão desnutridas, a possibilidade de terem filhos sãos no futuro corre um grande perigo.


A desnutrição e as carências de micronutrientes podem causar atrasos no crescimento durante a infância e a adolescência e fazer com que os indivíduos sejam menos produtivos quando chegam à idade adulta.


O objetivo deste balanço – o quarto de uma série de balanços preparados pelo Unicef para realizar um segmento sobre o progresso da infância rumo aos ODMs – é avaliar o desempenho mundial em matéria de nutrição, tomando como indicador básico a prevalência de peso inferior ao normal entre os meninos e meninas menores de cinco anos. Apesar de a comunidade mundial ter se comprometido a reduzir pela metade a proporção de meninos e meninas com peso inferior ao normal entre 1990 e 2015, não estamos ainda em vias de alcançar essa meta.

Podemos avançar rapidamente em um curto período. O mundo tem presenciado grandes progressos, alcançados mediante estratégias comprovadas como a promoção do aleitamento, os suplementos de vitamina A e a campanha mundial de iodação do sal, todas as quais são intervenções de uma importância fundamental.

Este balanço mostra com grande clareza que o mundo deve mudar suas prioridades para cumprir o ODM de reduzir a desnutrição infantil pela metade. Mas também indica que é possível diminuir a desnutrição se forem aproveitadas as lições dos últimos 15 anos. A meta não poderia ser mais importante: um mundo onde os meninos e meninas vivam livres da pobreza e da fome.

Este é o prefácio escrito por Ann M. Veneman, diretora executiva do Unicef, para o relatório. O documento está disponível na íntegra (em espanhol), na área de Downloads desta página (no alto, à direita). Há ainda versões em inglês e francês que podem ser obtidas no site do Unicef, em www.unicef.org.





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