Autor original: Maria Eduarda Mattar
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Ativistas do Greenpeace estão desde a manhã desta sexta, 19 de maio, sob ataque na cidade de Santarém, no Pará. Dezesseis já foram presos e no mínimo cinco ficaram feridos, segundo as contas da assessora de comunicação do Greenpeace, Tica Minami, que está acompanhando o desenrolar do incidente no próprio local. Entre as pessoas presas está Paulo Adário, coordenador do Programa Amazônia do Greenpeace, e o comandante do barco, informou ela por celular à Rets.
A confusão começou quando a equipe da ONG que se encontra na cidade – uma das muitas que estão na rota do navio MY Artic Sunrise, em expedição pela costa brasileira desde o dia 31 de março, para divulgar o avanço da soja sobre a floresta amazônica – iniciou um protesto pacífico em frente ao porto da multinacional Cargill. Os ativistas posicionaram o MY Artic Sunrise no local enquanto funcionários da empresa carregavam mais um barco com soja.
A partir daí, sojeiros que já vinham em campanha contra a ONG mesmo antes de a expedição chegar à cidade – num movimento que vem sendo chamado de "Fora, Greenpeace! A Amazônia é nossa" e causa controvérsias entre moradores de Santarém – deram início aos ataques, jogando pedras, coagindo os ativistas e tentando subir no barco da organização. A Polícia Federal teve de intervir.
Neste momento, policiais federais e militares estão no barco da ONG - que já está a uma milha e meia de distância da costa - para garantir a segurança dos ativistas. Entre membros do Greenpeace, tripulação e policiais há 30 pessoas no navio.
Ao longo dos últimos dias, já vinham acontecendo outros ataques a ativistas do Greenpeace, que chegaram a ser seguidos e fechados em uma estrada, no momento em que se dirigiam para uma das ações programadas na campanha, e, em outra ocasião, tiveram rojões de fogos de artifício disparados contra si. Outras informações sobre toda a ação da ONG na Amazônia podem ser lidas em www.greenpeace.org.br/vivaamazonia.
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