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Esporte para vencer no mercado de trabalho

Autor original: Mariana Hansen

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor






Esporte para vencer no mercado de trabalho
Desenvolvido pela organização Companheiros das Américas, o Programa Vencer, projeto de capacitação de jovens para o mercado de trabalho, abriu edital para instituições de capacitação profissionalizante. Valendo-se do esporte como agente de desenvolvimento e motivação, investirá um total de R$ 1,75 milhão em duas organizações que serão responsáveis pela implementação do programa no Rio de Janeiro.

A iniciativa utiliza o esporte, especialmente o esporte coletivo, para o desenvolvimento de habilidades para o mercado e como elemento de motivação. A metodologia, já testada com 30 jovens, busca integrar o trabalho, a qualificação e a atividade esportiva. “Aliamos à vida profissional o que se aprende com os esportes coletivos”, explica a diretora do programa no Brasil, Cláudia França.

Para colocar o programa em prática, instituições de ensino e capacitação profissionalizante poderão se candidatar. Podem ser públicas ou privadas, com cobertura local ou nacional, devidamente registradas pelos organismos de controle e que tenham experiência no trabalho com jovens ou em programas relacionados com emprego. Segundo Cláudia, cerca de 30 instituições com os perfis mais variados já solicitaram o edital. Ela acredita que “será uma tendência a associação entre as entidades para apresentar as propostas”, principalmente aquelas com trabalhos complementares dentro da metodologia do programa.

Como executoras do Vencer, as organizações selecionadas poderão fazer as devidas adaptações à metodologia desenvolvida pelos Companheiros. “Elas vão propor como será o programa e selecionarão os jovens. Nós só desenvolvemos a metodologia que servirá de referência. As organizações, com sua própria experiência, vão agregar novos conhecimentos a essa metodologia”, Cláudia explica.

O público alvo do programa são jovens com idade entre 16 e 24 anos, moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro e que sejam de famílias de baixa renda. Durante as três fases do programa – desenvolvimento de habilidades comportamentais, um curso profissionalizante e um estágio supervisionado – espera-se capacitar não menos que 1.750 jovens. Cláudia observa que “o número pode não ser significativo para o Rio como um todo, mas é, sim, para essas comunidades que serão atendidas”.

Com o projeto, a expectativa é aumentar as chances de empregabilidade dos jovens, que sairão com um currículo preparado especialmente para o mercado onde desejam atuar. E para garantir esses futuros postos de trabalho, parcerias entre as organizações e empresas também estão previstas ao longo do programa, resultando até em capacitação focada para determinados setores. “É uma co-responsabilidade [entre Companheiros das Américas e as entidades] inserir os jovens no mercado de trabalho. Estaremos sempre junto com as instituições para solucionar essas questões”, diz Cláudia.

Baseado nos exemplos de superação, fama e êxito dos atletas, muitos vindos de classes populares, o Programa Vencer busca a formação profissional, a integração comunitária e a mobilidade social. Para Cláudia, porém, o grande objetivo final é que o programa seja também uma oportunidade de desenvolvimento para as comunidades onde jovens estão inseridos, através da geração de novas possibilidades de trabalho”.

Até o dia 7 de julho, às 15h, as entidades interessadas poderão apresentar suas propostas. Para isso devem retirar o documento “Bases e condições para a convocação e seleção de instituições de capacitação” no escritório da Companheiros das Américas no Rio de Janeiro ou solicitá-lo pelo correio eletrônico vencerbrasil@partners.net. Mais informações sobre os Companheiros das Américas, assim como sobre o Programa Vencer, estão disponíveis em www.vencerbrasil.org.

Mariana Hansen

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