Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
Utilizada como matéria-prima de diversos produtos, a soja tornou-se uma das principais mercadorias agrícolas do mundo. Com ela, se faz desde ração para gado até margarina. Tamanha polivalência a torna um dos bens mais cobiçados da atualidade e, por isso, seu preço subiu muito nos anos 1990, quando a demanda por ela aumentou bastante.
Só no Brasil, a produção saltou de 21,6 milhões de toneladas, em 1996, para 49,5 milhões de toneladas em 2004, segundo o IBGE, tornando o país o maior exportador mundial e o segundo maior produtor, depois dos Estados Unidos. Em 2004, o produto representou 12% das exportações nacionais, movimentando US$ 10 bilhões. A maior parte foi para a Europa, onde o farelo de soja alimenta o gado criado confinado.
O grão começou a ser produzido na região Sul e, com o aumento do preço das terras e da demanda internacional, subiu o país pelo Centro-oeste, ainda hoje a região mais importante na produção de soja, até chegar à região Norte. O processo de compra de terras sempre foi polêmico, pois os sojicultores compravam propriedades de criadores de gados, que queimavam matas para abrir espaço para a pastagem. Esse ciclo se repete até hoje na Amazônia, o que preocupa bastante os ambientalistas. Há alguns anos, a soja chegou às áreas de florestas, antes consideradas de baixa fertilidade para esse tipo de produto.
O grão, porém, se adaptou ao solo, como se percebe pelo crescimento da área plantada. Na safra 2003/2004 foram cultivados 352 mil hectares (ha) na região norte, subindo para 499 mil ha em 2005/2006. A produção aumentou de 913 mil para 1.305 mil toneladas no mesmo período. No Pará, Santarém é responsável por 30% da produção.
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