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Acusado de ser mandante do assassinato de missionária é solto

Autor original: Fausto Rêgo

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Na última quinta-feira, 29 de junho, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por três votos a dois, conceder hábeas-corpus ao empresário Regivaldo Pereira Galvão. Ele é acusado de ter sido um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro do ano passado, em Anapu (PA). A missionária era ligada à Comissão Pastoral da Terra (CPT) e trabalhava com pequenos agricultores da região. O crime teve repercussão internacional.


Organizações como o Greenpeace e a própria CPT expressaram indignação com a decisão do Supremo. Em nota oficial, o Greenpeace alerta para a possibilidade de fuga de Regivaldo e pede que o processo judicial seja finalizado o quanto antes, para evitar a impunidade.


A CPT lamenta que o processo se arraste com recursos interpostos pelos advogados de defesa e, também em nota, afirma que o clima de conflitos na região de Anapu pode se acentuar.


Segundo Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, no Pará, “deixar livre o acusado de um crime tão hediondo contra uma defensora dos direitos humanos como foi irmã Dorothy deixa também todos os outros defensores dos direitos humanos na Amazônia cada vez mais vulneráveis aos predadores da floresta e da vida”.

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