Um plano global contra o terror

Autor original: Fausto Rêgo

Seção original: Notícias exclusivas para a Rets

Nesta sexta-feira, 8 de setembro, em Nova Iorque, os 192 países que integram a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram por consenso uma resolução que estabelece medidas coletivas a serem aplicadas por governos e organismos nacionais e internacionais, numa estratégia global de combate a todas as formas de terrorismo. Esse plano de ação, segundo o documento, deverá se basear no “respeito aos direitos humanos e ao Estado de direito”. Os signatários assumiram o compromisso de se reunirem novamente daqui a dois anos, para analisar a efetividade das medidas tomadas.

Para o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o quinto aniversário do 11 de Setembro é uma lembrança viva das conseqüências devastadoras e injustificáveis do terrorismo, prática que classifica como inaceitável, “não importa quem o cometa, nem por que razão”.

Annan conclamou os Estados-membros da ONU a honrarem as vítimas do terror em todo o mundo implementando cada um dos aspectos da resolução. “Que este acordo demonstre a determinação inequívoca da comunidade internacional para derrotar o terrorismo”, arrematou.

A estratégia reedita alguns compromissos já assumidos pela entidade, como antigas resoluções do Conselho de Segurança e da própria Assembléia Geral, além do cumprimento das Metas do Milênio e da promoção de uma cultura de diálogo e paz. Mas também propõe a construção de um banco de dados sobre incidentes biológicos, para fazer frente ao bioterrorismo; a intensificação do controle das fronteiras e o aumento da fiscalização para evitar a falsificação de passaportes. A resolução prevê ainda uma troca de informações entre os Estados-membros, para fortalecer a segurança.

Resta saber se as boas intenções resultarão em boas práticas, ou mesmo se o plano de ação sairá do papel. Desde que sua decisão contrária à invasão do Iraque foi desrespeitada pelo governo dos EUA, a ONU tem sofrido uma série de revezes e perdido prestígio político.

Fausto Rêgo, com informações das Nações Unidas e de jornais.