Autor original: Maria Eduarda Mattar
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
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Como a relação entre o Estado e a sociedade civil organizada está prevista em seu programa de governo? Está disposto a retomar a discussão sobre o marco legal para ONGs? Que políticas sociais terão prioridade em sua gestão?
A Rets fez estas e outras perguntas de interesse da sociedade civil organizada aos presidenciáveis, para conhecer o que propõem para esse segmento e como encaram a contribuição que ONGs e movimentos sociais podem dar às políticas públicas.
As perguntas foram enviadas no mesmo dia e horário para todos os candidatos, informando o prazo para resposta e pedindo que o mesmo fosse respeitado. Publicamos nesta semana as respostas que chegaram até o fechamento desta edição: as dos candidatos Cristovam Buarque, Luciano Bivar e Heloísa Helena. Na edição da próxima semana, serão publicadas as respostas dos demais candidatos.
Seguem abaixo as respostas, na ordem em que chegaram à nossa redação.
Além disso, veja no link "Propostas apresentadas aos candidatos", ao lado, as diversas plataformas, cartas e compromissos apresentadas por organizações da sociedade civil aos presidenciáveis, pedindo seu compromisso com temas-chave.
Rets - Como a relação entre o Estado e a sociedade civil organizada está prevista em seu programa de governo?
Cristovam Buarque - A democracia moderna se caracterizará cada vez mais pela incorporação de movimentos sociais, entidades, redes e cidadãos diretamente na formulação, gestão e avaliação de políticas públicas. O mundo hoje é mais complexo que no passado, só partidos, sindicatos, empresas e o Estado não conseguem representar o conjunto da sociedade nem sua dinâmica. Por isso em meu programa a sociedade civil é valorizada e deverá ser fortalecida, participando mais ativamente da formulação de políticas, na avaliação das mesmas e, em determinados casos, em sua gestão.
Rets - O senhor poderia citar exemplos de parceria já existente entre o poder público (federal, estadual ou municipal) e a sociedade civil em projetos sociais que o senhor considera um modelo a ser seguido?
Cristovam Buarque - Quando estive à frente do Ministério da Educação um dos principais programas que incentivei foi o início do processo de erradicação do analfabetismo. A base desse programa foi a parceria com a sociedade civil. Nunca a vi como meio de economizar recursos, como geradora de mão-de-obra barata, como se tem feito nos últimos governos, mas como fonte de criatividade, de ligação direta com as bases sociais, com a multiplicidade de problemas e de formas culturais. Esse é um exemplo que acho que deve ser seguido.
Rets - De que modo o fortalecimento do terceiro setor – especialmente nos últimos dez anos – transformou as relações do Estado com a sociedade civil?
Cristovam Buarque - O processo de renovação da democracia e de construção de novas formas de governança vem caminhando nesse sentido no mundo desde finais da década de 60 do século passado. A revolta estudantil, a luta contra a Guerra do Vietnã, os movimentos ecológicos, foram, desde o início, animadores desse processo. O Brasil não conseguiu acompanhar isso porque vivia em uma ditadura militar. Avançamos nos últimos 20 anos, tentando recuperar o tempo perdido e também ajudar na formulação de novas idéias de participação. A Ação da Cidadania contra a Fome iniciou um novo momento de participação a partir da mobilização em função de objetivos concretos, o orçamento participativo foi uma experiência brasileira muito rica. A Constituição de 1988 fala, pela primeira vez na história brasileira, da possibilidade da cidadania se expressar diretamente na condução das políticas públicas, incentivou a formação e propagação de conselhos e do controle social. Isso tudo tem ajudado a democratizar a democracia. Mas ainda falta muito.
Rets - Está disposto a retomar a discussão sobre o marco legal para ONGs? Caso a resposta seja afirmativa, com quais particularidades?
Cristovam Buarque - Precisamos ter uma legislação que possa refletir a diversidade do que se chama Terceiro Setor. A legislação que criou as Organizações de Interesse Social ainda é incompleta, avança, mas ainda precisa ser melhorada. Precisamos definir melhor as bases financeiras e orçamentárias para que a sociedade civil possa construir alternativas, não somente como prestadora de serviços, mas como formuladora de propostas, como instigadora de mudanças. Fundo Público, marco legal democrático e participativo, depuração da legislação para evitar fraudes em processos de isenção fiscal, são ações que devem ser desenvolvidas a partir de um amplo debate nacional.
Rets - A busca de sustentabilidade é um grande desafio para as ONGs brasileiras. Os benefícios fiscais para doadores não são suficientes para estimular a maior participação de indivíduos e empresas no apoio financeiro às organizações. Na verdade, esta alternativa de sustentabilidade foi bastante reduzida pela política tributária do país: em 1995, foi cortada a dedução do imposto de renda para as doações de pessoas físicas e reduzida, de 5% para 2%, a dedução das doações das pessoas jurídicas. O senhor estaria disposto a apoiar mudanças na legislação (na área tributária) que garantissem a construção de um novo modelo de sustentabilidade das organizações da sociedade civil?
Cristovam Buarque - A doação de pessoas físicas e jurídicas é uma ação que no fundo retira recursos do Estado e da sociedade e a destina a atividades que o doador escolheu. Talvez não seja a forma mais democrática de incentivar as ONGs. A criação de um Fundo Público ou de fundos públicos diversos, controlado e gerido de forma democrática, sem a interferência partidária e política dos gestores governamentais; a abertura de concursos públicos para a formulação de ações que tenham ligação com as ações em prol da cidadania; a destinação de recursos para a avaliação e monitoramento de políticas públicas; a elaboração de relatórios de acompanhamento das políticas sociais; o financiamento e a construção de ferramentas de garantia do controle social; talvez conformem um conjunto muito mais sólido e democrático do que simplesmente se pensar em incentivos fiscais e transferir para as mãos de quem tem dinheiro o poder de escolher o que vai ser incentivado ou não. Em nosso programa de governo, que foi elaborado com grande participação de entidades e cidadãos e cidadãs, muitos e muitas sem vinculação com nosso partido, há uma série de propostas concretas que apontam para uma maior participação da sociedade e para a valorização do papel político das ONGs.
Rets - Que políticas sociais terão prioridade em seu governo?
Cristovam Buarque - A educação é a principal bandeira da minha campanha. Dos 95% das crianças que estão na escola hoje, só um terço termina o 2º grau. Então tem dois terços dos nossos jovens e crianças fora da escola, porque lugar de criança é na escola até o final do Ensino Médio. É falsa a idéia de que houve uma universalização do ensino básico, só haverá universalização quando a conclusão do Ensino Médio for universal. O primeiro passo para melhorar a qualidade de ensino básico é dizer que a educação é uma questão nacional. Por isso, é preciso federalizar três padrões em todas as 160 mil escolas do Brasil que são municipais ou estaduais. Elas devem continuar sendo geridas pelo município ou pelo Estado. Concurso para professor não pode ser uma decisão só do prefeito, tem de seguir regras nacionais e o salário tem que ter um padrão nacional por isso o governo federal tem que definir as regras para o concurso e garantir um salário mínimo. O segundo padrão é de equipamento e edificações. O prefeito não vai poder inaugurar uma escola que não cumpra um habite-se federal. O terceiro padrão é de conteúdo, não é possível deixar que 54% das nossas crianças cheguem à quarta série sem saber ler. Em São Paulo, um Estado cuja riqueza é equivalente a de países ricos, 45% das crianças na quarta série não são capazes de ler corretamente.
Tem que ter um padrão que todo prefeito tem que seguir. Toda criança tem de aprender a ler antes dos sete anos. Todas as escolas do Brasil têm de ser com horário integral. Agora, isso não vai ser em um ano nem em três anos. Vai demorar. Depois é preciso definir metas. Porque não tem metas para a educação. E essas metas têm de ser cumpridas, se não forem eles estarão infringindo uma lei de responsabilidade educacional, nos mesmos moldes da lei de responsabilidade fiscal. Mas, para que as metas sejam atingidas, é preciso que o governo federal participe com mais recursos do financiamento da educação e é preciso aumentar já em R$ 7 bilhões os recursos que o governo federal destina para a educação básica no Brasil. Isso equivale a apenas 1% do nosso orçamento. Se a gente fizesse isso, em poucos anos já veríamos a mudança e em 15 anos já teríamos o Brasil dando um grande salto na sua educação.
Rets - O senhor pretende manter as mesmas bases do modelo econômico atual ou pretende fazer alguma mudança?
Cristovam Buarque - O Brasil vive estagnado há mais de 25 anos. Depois de um extraordinário desenvolvimento por mais de seis décadas, temos crescido menos que a média mundial e muito abaixo dos países emergentes. Estamos ficando para trás. Já fomos a oitava economia do mundo, hoje caminhamos para ser a décima-quinta. E não fizemos a reforma agrária, não resolvemos o problema da fome e da miséria, não viramos a página do analfabetismo. Somos um país extremamente desigual. A taxa de crescimento econômico pode ser elevada, mas só será maior e sustentável se o Brasil aumentar a produtividade de sua mão-de-obra e desenvolver novos setores produtivos compatíveis com a economia de alta tecnologia, que caracteriza os novos mercados no século XXI. Isso só é possível com uma revolução na educação.em todos os níveis, com a criação de eficientes centros de geração de ciência e tecnologia, como foi o ITA nos anos 50, o que vai permitir ao Brasil, nos próximos anos, exportar chips e softwares, além de soja e minério.
Para retomar o crescimento econômico, iremos reduzir as taxas de juro por meio de acordo para estancamento na elevação vegetativa dos gastos públicos, conforme determinam as leis atuais; Criar programa de incentivos fiscais para as empresas que negociarem com seus trabalhadores acordos de redução da jornada de trabalho; Garantir a estabilidade da moeda e das regras no cumprimento dos contratos; Reorientar o mercado financeiro para empréstimos e investimentos de longo prazo, graças à redução dos juros; Executar os projetos de infra-estrutura e logística que apóiem a produção e a distribuição; Ativar plataformas produtivas graças à demanda criada pelo setor público em áreas como a indústria têxtil (uniformes escolares), informática (computadores para as escolas e o programa de Inclusão Digital), gráficas (livros didáticos e bibliotecas) e equipamentos diversos, graças aos produtos derivados do desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, nos moldes do que ocorreu com o ITA-CTA, Embrapa e Petrobrás; Tratar agricultura como setor de preocupação estratégica, exigindo política de longo prazo; Garantir financiamento que reduza os riscos decorrentes de fenômenos naturais e comerciais, por meio de seguro contra riscos naturais e cambiais; Autorizar a comercialização de produtos bioenergéticos sem necessidade da intermediação da Petrobrás; Agilizar as autorizações para compra de insumos nacionais e importados.
Rets - A questão da corrupção se coloca como assunto diário, com as notícias sobre os sucessivos esquemas e escândalos. Há inúmeros mecanismos sugeridos para coibir práticas corruptas: financiamento público de campanhas, extinção do voto secreto etc. Que práticas o senhor estaria disposto a apoiar? E, mais além, quais seriam os termos de uma possível reforma política que seu mandato poderia defender?
Cristovam Buarque - Temos que atacar esse problema em dois momentos. Um é imediatamente para parar a vergonha da corrupção de hoje. A outra é fazer com que não haja corrupção no Brasil. De imediato eu defendo fazer com que corrupção se transforme em crime hediondo. O corrupto vai ter que pagar com que a mesma força que paga um criminoso que cometeu um crime hediondo. Ele não vai ter as salvaguardas que existem para os crimes menores. O corrupto é um traidor da pátria e traidor tem de ter pena muito dura. Segundo é criar uma polícia especial, que pode ser um departamento da polícia federal ou até um polícia nova, que cuide totalmente de fraudes, corrupção e sonegação. Uma polícia federal totalmente dedicada a isso. Terceiro é fazer alguns itens da reforma política: reduzir o número de cargos comissionados, prestigiar o funcionário de carreira. A maior parte da corrupção vem dos cargos comissionados. Além de diminuir os cargos comissionados, os que continuarem a existir teriam de ser escolhidos entre funcionários de carreira.
Rets - A “brecha digital” nos faz confrontar com um novo analfabetismo que amplia de maneira rápida e intensa as enormes desigualdades sociais que o Brasil já conhece. Quais são seus projetos (ou idéias) para ampliar o acesso da população brasileira às redes de comunicação e informação e combater a exclusão digital?
Cristovam Buarque - Para promover a inclusão digital iremos: Criar em todas as escolas do País um centro de informática, acessível aos alunos e, nos finais de semana, às comunidades; Desenvolver esforços, com os cientistas brasileiros e indústrias de informática de todo o mundo, para disseminar rapidamente o computador popular, ao menor custo; Trabalhar para remover todos os obstáculos legais e políticos para o uso dos recursos do Fust (Fundo Setorial da Telecomunicação); Criar linhas especiais de crédito para que pequenos empreendedores possam ampliar seus recursos de tecnologia de informação e para que os professores e servidores públicos em geral possam ter acesso ao computador e à internet; Sensibilizar governos e atores sociais para a importância da inclusão digital, apoiando as iniciativas da sociedade civil e das empresas neste campo, com o máximo de visibilidade; Garantir o ensino de informática e o uso dos recursos de teleinformática em todas as escolas do Brasil, graças à Revolução na Educação.
Rets - Como a relação entre o Estado e a sociedade civil organizada está prevista em seu programa de governo?
Luciano Bivar - No programa de governo que apresentamos aos eleitores, está prevista a consulta à população sobre as questões realmente polêmicas da sociedade, que não devem ser decididas apenas pelo Congresso Nacional. Acreditamos que, abrindo a possibilidade de participação popular direta nas decisões da nação, haverá um grande incentivo para que grupos de interesse se formem e se articulem para além do espectro da política formal. Essa articulação vai caber à sociedade civil.
Rets - O senhor poderia citar exemplos de parceria já existente entre o poder público (federal, estadual ou municipal) e a sociedade civil em projetos sociais que o senhor considera um modelo a ser seguido?
Luciano Bivar - Acreditamos que a relação entre a sociedade civil e o poder do Estado vem se aprofundando e consolidando no Brasil, principalmente no nível municipal. Não cabem aqui as citações a exemplos isolados.
Rets - De que modo o fortalecimento do terceiro setor – especialmente nos últimos dez anos – transformou as relações do Estado com a sociedade civil?
Luciano Bivar - A profissionalização do Terceiro Setor vem dando uma nova voz à sociedade civil junto ao poder público, o que é fundamental para aprofundar a democracia e tornar as relações de poder mais transparentes.
Rets - Está disposto a retomar a discussão sobre o marco legal para ONGs? Caso a resposta seja afirmativa, com quais particularidades?
Luciano Bivar - Essa é uma decisão que depende de estudos mais aprofundados na transição de governo, o que será feito ouvindo-se as organizações da sociedade civil.
Rets - A busca de sustentabilidade é um grande desafio para as ONGs brasileiras. Os benefícios fiscais para doadores não são suficientes para estimular a maior participação de indivíduos e empresas no apoio financeiro às organizações. Na verdade, esta alternativa de sustentabilidade foi bastante reduzida pela política tributária do país: em 1995, foi cortada a dedução do imposto de renda para as doações de pessoas físicas e reduzida, de 5% para 2%, a dedução das doações das pessoas jurídicas. O senhor estaria disposto a apoiar mudanças na legislação (na área tributária) que garantissem a construção de um novo modelo de sustentabilidade das organizações da sociedade civil?
Luciano Bivar - No plano de governo do PSL consta a adoção do Imposto Único Federal. O Imposto de Renda, como todos os demais tributos federais vão desaparecer, dando lugar a uma alíquota de 1,7% sobre transações financeiras. Essa medida vai dinamizar a economia e fazer com que o crescimento seja feito com justiça social.
Rets - Que políticas sociais terão prioridade em seu governo?
Luciano Bivar - A melhor maneira de mudar o panorama social no Brasil é com crescimento econômico e com empregos. Isso poderá ser conseguido com uma ampla reforma fiscal como a que propomos, desonerando o setor produtivo e permitindo a retomada de investimentos.
Rets - O senhor pretende manter as mesmas bases do modelo econômico atual ou pretende fazer alguma mudança?
Luciano Bivar - A mudança será estrutural, com a adoção do Imposto Único Federal, permitindo a iniciativa privada investir e colaborar para o desenvolvimento do Brasil.
Rets - A questão da corrupção se coloca como assunto diário, com as notícias sobre os sucessivos esquemas e escândalos. Há inúmeros mecanismos sugeridos para coibir práticas corruptas: financiamento público de campanhas, extinção do voto secreto etc. Que práticas o senhor estaria disposto a apoiar? E, mais além, quais seriam os termos de uma possível reforma política que seu mandato poderia defender?
Luciano Bivar - Propomos como medida a redução do tamanho do Estado brasileiro, acabando com a superposição de ministérios e secretarias, reduzindo o número de funcionários, principalmente dos contratados na modalidade de cargos de confiança. A representação parlamentar também seria reduzida, em 15% em todos os níveis.
Rets - A “brecha digital” nos faz confrontar com um novo analfabetismo que amplia de maneira rápida e intensa as enormes desigualdades sociais que o Brasil já conhece. Quais são seus projetos (ou idéias) para ampliar o acesso da população brasileira às redes de comunicação e informação e combater a exclusão digital?
Luciano Bivar - Enfrentar a questão da inclusão digital é trabalhar em diversas frentes simultaneamente, cada uma com características próprias. Há que se começar pelo problema do acesso, disponibilizando máquinas e conexões a amplas camadas da população. Ao mesmo tempo, é preciso dar condições a estas pessoas de tirarem proveito dos recursos que a tecnologia da informação oferece. Ou seja, necessitamos de uma alfabetização digital, é nossa obrigação integrar os excluídos de hoje e oferecer a educação necessária para que se tornem capazes de atuar na economia da era da informação. É um crime social e de lesa-pátria deixar que as nossas crianças não tenham acesso a este mundo que lhes permitiria expressar com muito mais liberdade suas culturas regionais em um mundo globalizado. Precisamos também levar o debate sobre o software livre para muito além das batalhas ideológicas de hoje. Ou entendemos o software livre como uma janela de oportunidades para o desenvolvimento tanto econômico como social a partir de bases empresariais sólidas ou ficaremos presos em modelos de idéias do século passado. Além disso, a inclusão digital deve contemplar as pessoas com deficiências. Tudo isso nos leva a uma visão mais criativa do desenvolvimento tecnológico. O mundo digital não se resume a trocar mensagens no Orkut: há um potencial muito rico a ser explorado, mas que só o será quando mais brasileiros estiverem usufruindo e dando sua contribuição. A dificuldade para a implantação da TV digital no Brasil é, igualmente, um exemplo dos problemas não só estruturais, mas também políticos que temos de enfrentar. Mas que podem ser vencidos com coragem e determinação.
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