Autor original: Mariana Hansen
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No dia 18 de outubro, foi encaminhada ao presidente da República uma carta criticando a tentativa do governo de cooptar votos do agronegócio por meio da liberação do plantio de transgênicos no entorno de áreas de conservação, conforme noticiado pelos jornais nos dias 17 e 18 de outubro. Onze organizações da sociedade civil assinam o documento, que afirma que, caso a medida seja efetivada, o governo estará demonstrando que não leva a sério as leis por ele mesmo criadas.
Segundo a carta, “mais uma vez, o Governo Lula estará cedendo diante as ilegalidades cometidas por produtores rurais e por transnacionais de biotecnologia e demonstrando a falta absoluta de firmeza com o cumprimento das normas de biossegurança no Brasil. Esta atitude, mas uma vez, põe em dúvida o compromisso do governo com a construção de uma política de biossegurança séria”.
Mais adiante, as entidades denunciam que o presidente “não se preocupou em ouvir os agricultores que apóiam medidas firmes de biossegurança, que sejam capazes de preservar a biodiversidade agrícola, uma das maiores riquezas da agricultura brasileira”.
Assinam a carta o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais (FBOMS), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), a Rede Ecovida de Agroecologia, a Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Greenpeace Brasil e a Terra de Direitos.
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