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ABC do DH

Autor original: Joana Moscatelli

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor






ABC do DH
Divulgação

A fim de contribuir para a reflexão sobre os termos utilizados na área de direitos humanos, a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), criou, na internet, o Dicionário de Direitos Humanos. A intenção é estabelecer um diálogo com a sociedade e construir coletivamente um espaço que apresente definições e informações sobre a linguagem utilizada nas diversas esferas dos direitos humanos.

A princípio, a idéia era organizar uma publicação impressa, mas logo se percebeu a maior facilidade e versatilidade que a internet poderia propiciar. Assim, optou-se pela ferramenta wiki, que possibilita livre consulta e preenchimento de novos verbetes. “Pensamos, inicialmente, em um dicionário escrito, impresso em papel. O projeto era bom, mas demoraria a ser concluído, custaria mais e talvez não fosse acessível a muitas pessoas. Assim, foi proposto que fizéssemos na internet, usando a plataforma wiki. A equipe de informática da Escola Superior do Ministério Público da União trabalhou bastante e chegamos a um consenso de que seria um dicionário eficiente”, explica Paula da Costa, idealizadora do projeto e membro do Conselho Consultivo do Dicionário.

Segundo Humberto Jacques de Medeiros, também idealizador e conselheiro, trata-se de um dicionário "vivo", em permanente construção, que dialoga com a sociedade sobre os conceitos relativos aos direitos humanos. “Acreditamos que o conteúdo dos direitos humanos é socialmente construído, por isso a necessidade de um dicionário com concepção aberta, em que qualquer um possa contribuir. A qualquer momento podem ser criados novos verbetes e o dicionário estará em permanente construção”, completa Medeiros.

Paula da Costa observa que faltava um espaço que reunisse um repertório técnico sobre as diversas dimensões dos direitos humanos e permitisse “um espaço para que a terminologia dos direitos humanos estivesse reunida e disponível para os interessados.

No ar desde julho, o dicionário conta hoje com termos específicos nas áreas do direito, da comunicação, das ciências sociais, da filosofia, da economia e da biologia. Além das definições, em cada verbete indica-se uma bibliografia para pesquisa.

Os verbetes foram escritos por procuradores, antropólogos, historiadores, especialistas em educação e advogados. Paula lembra que ainda existem muitos verbetes a serem preenchidos e que o dicionário criou a possibilidade de diálogo entre as diversas áreas.

Para colaborar com a construção do dicionário é preciso, no caso de um membro do Ministério Público Federal, entrar no sistema e digitar, no campo “usuário”, o seu CPF. Qualquer outra pessoa deve enviar mensagem, com texto e sua qualificação, para o Conselho Consultivo do Dicionário, pelo correio eletrônico conselhoDH@esmpu.gov.br.

Segundo o ranking disponível no próprio dicionário, mais de 8 mil pessoas já acessaram a ferramenta. Até o momento, os verbetes mais acessados são os relativos ao Estatuto da Criança e do Adolescente e aos direitos dos jovens, com mais de 2 mil visitantes. O próximo passo é enviar material de divulgação sobre o dicionário para escolas, organizações da sociedade civil, bibliotecas e faculdades

Joana Moscatelli

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