Autor original: Fausto Rêgo
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No dia 23 de novembro, o Observatório de Favelas, baseado no Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), divulgou a pesquisa "Caminhada de crianças, adolescentes e jovens na rede do tráfico de drogas no varejo do Rio de Janeiro – 2004-2006", que documentou, ao longo dos últimos dois anos, como se dá a inserção de crianças, adolescentes e jovens no tráfico de drogas no município. O trabalho foi coordenado por Jaílson de Souza e Silva, com produção técnica de Raquel Willadino Braga, Fabio da Silva Rodrigues, Fernando Lannes Fernandes e Elionalva Sousa Silva.
Realizada com 230 jovens de 34 comunidades de baixa renda, a pesquisa propõe ações específicas de prevenção e criação de alternativas ao trabalho no tráfico, visando à redução da violência letal entre esses jovens.
Transcrevemos a seguir o texto de apresentação do trabalho, que está disponível na área de Downloads desta página (no alto, à direita).
Este sumário executivo apresenta os principais dados coletados na pesquisa "Caminhada de crianças, adolescentes e jovens na rede do tráfico de drogas no varejo do Rio de Janeiro – 2004-2006", desenvolvida entre abril de 2004 e maio de 2006. Esta pesquisa é uma das vertentes de um programa de intervenção mais amplo denominado "Rotas de fuga: ações integradas para crianças e jovens inseridos na rede social do tráfico de drogas e seus familiares".
Este programa é coordenado pelo Observatório de Favelas do Rio de Janeiro e apoiado por importantes organismos internacionais: Organização Intereclesiástica para a Cooperação ao Desenvolvimento (ICCO), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além disso, envolve um conjunto de entidades públicas e da sociedade civil atuantes no campo da promoção e defesa dos direitos humanos no Brasil, que têm sido parceiras fundamentais neste processo.
O objetivo central da pesquisa é realizar uma análise ampliada sobre as práticas características dos atores envolvidos na rede social do tráfico de drogas no varejo no Rio de Janeiro e sobre como esta rede vem se desenvolvendo nos últimos anos. A partir destes dados pretendemos oferecer subsídios para a elaboração de metodologias que auxiliem na prevenção do ingresso de novas crianças e jovens nesta atividade e na criação de alternativas sustentáveis para aqueles que queiram sair desta rede ilícita.
Pretendemos, em última instância, contribuir para a mudança das estratégias vigentes de enfrentamento ao tráfico de drogas estimulando a proposição de novas políticas de segurança pautadas na valorização da vida e dos direitos humanos.
A Rets não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. |
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