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25% da população mundial vive em regiões onde a água subterrânea é superexplorada

Cerca de 25% dos habitantes da Terra vivem em regiões onde as reservas subterrâneas de água são superexploradas, segundo um estudo publicado na quarta-feira na revista Nature. “Os países que mais superexploram as reservas de água subterrânea são Estados Unidos, Índia, China, Paquistão, Irã, Arábia Saudita e México, e as maiores populações que sofrem as consequências são da Índia e da China”, explicou à AFP o hidrologista canadense Tom Gleeson, um dos autores do estudo.Cerca de 1,7 bilhão de pessoas, ou seja, 25% da população mundial, vive nessas regiões onde a água subterrânea é superexplorada.Para entender melhor o fenômeno, este estudo propõe um novo dispositivo batizado de “pegada da água subterrânea”, ou seja, a superfície de uma região que depende da extração de água subterrânea. Os pesquisadores a comparam com a superfície das reservas de água subterrânea que alimentam a região.Os investigadores calcularam que a pegada mundial (ou seja, o uso mundial de água subterrânea) é 3,5 vezes maior que a superfície das reservas subterrâneas.No entanto, a superexploração só afeta 20% das reservas subterrâneas mundiais.“Os humanos superexploram a água nas bacias, que são cruciais para a agricultura, principalmente na América do Norte e na Ásia”, estimou Gleeson.Segundo a ONU, a extração das reservas subterrâneas de água se multiplicou por três durante os últimos 50 anos e proporciona cerca da metade da água que se bebe no mundo.O estudo deseja contribuir para a difusão deste novo instrumento que completaria medidas já existentes, como a pegada de carbono (cálculo da quantidade de gases de efeito estufa que é emitida num território ou por uma atividade) ou a pegada ecológica (cálculo da quantidade de terra e de água utilizada por um indivíduo, uma atividade ou uma população).Fonte: EcoDebate 

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