Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
O Brasil não ganhou muito destaque nos relatórios das organizações de defesa da liberdade de expressão. O país, porém, registrou assassinatos de jornalistas e mortes em acidentes, o que levou as entidades a ligarem o alerta para a situação nacional.
As contas dos RSF mostram que um jornalista foi assassinado no país em 2006, porém a ONG critica ainda a invasão do jornal Diário de Marília, em São Paulo. A sede do periódico foi atacada por partidários do ex-prefeito, Abelardo Camarinha, e de seu filho, Vinícius, deputado estadual, em 1º de outubro, data do primeiro turno das eleições.
O radialista José Cândido Amorim Pinto, da rádio comunitária Alternativa, foi baleado em 1º de julho em Carpina, Pernambuco. Em maio, Amorim, que também era líder comunitário, já havia sido vítima de um atentado. Ele havia denunciado casos de corrupção e nepotismo da prefeitura e da Câmara. Foram registrados problemas ainda com ameaças a jornalistas, como Sandra Miranda de Oliveira Silva, do Primeira Página, de Fortaleza, e Lúcio Flavio Pinto, do Jornal Pessoal, de Belém.
Já a IFJ calcula que foram três assassinatos: José Késsio, da Amambay FM; Manuel Paulino Da Silva, do Jornal Hoje, e Ajuricaba Monassa de Paula, da Associação Brasileira de Imprensa. À conta podem ser adicionadas duas mortes em acidentes, ambas de empregados da Radiobras: Osman de Oliveira e Francisco Alves de Oliveira. Os dois estão desaparecidos. A Federação afirma que o “Brasil é outro país latino-americano que todo ano vê o derramamento de sangue de jornalistas” e aponta a fronteira com o Paraguai e as grandes cidades como locais de risco para o exercício da profissão. O CPJ não cita o Brasil em seu relatório.
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