Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Notícias exclusivas para a Rets
América Latina
- Diminuição das geleiras na América Latina, onde são fonte de água para a agricultura e produção de energia, assim como para uso doméstico e industrial.
- Enchentes e secas se tornarão mais frequentes. As enchentes podem aumentar a deposição de sedimentos no solo, interrompendo o fornecimento de água em algumas áreas.
- Maior intensidade de ciclones tropicais com aumento dos riscos para a vida, propriedade e ecossistemas, além de prejuízos causados por fortes chuvas, enchentes, tempestades e ventos.
- A segurança alimentar pode se tornar um sério problema para muitos países latino-americanos, ameaçando a cultura de subsistência em algumas regiões. A previsão é de queda no rendimento de muitas safras da América Latina, mesmo quando os efeitos do CO2 forem considerados.
- Incidência de doenças como a malária, febre amarela e cólera poderia aumentar. Os problemas que a América Latina enfrenta com doenças infecciosas de ambientes quentes pode ser exacerbado.
- Desaparecimento de recursos de ecossistemas, aumentando a perda da biodiversidade.
América do Norte
- Ecossistemas únicos em risco e improvável adaptação efetiva.
- Aumento da erosão em áreas costeiras, enchentes e tempestades, particularmente na Flórida e na costa americana do Atlântico, provocado pela elevação do nível do mar.
- Companhias de seguro e agências governamentais para assistência em caso de desastre estão despreparadas para enfrentar uma demanda crescente na América do Norte por parte de vítimas de fenômenos naturais.
- Doenças transmitidas por vetores - incluindo a malária e a febre amarela - podem expandir sua gama na América do Norte.
Europa
- Metade das geleiras montanhosas e grandes áreas congeladas podem desaparecer até o final do século 21.
- Aumento nos padrões de chuva podem colocar em risco grandes áreas da Europa. Em áreas costeiras, o risco de enchentes e erosão também deve aumentar, com implicações para o estabelecimento de moradias humanas, indústria, turismo, agricultura e habitats naturais de zonas costeiras.
- Perda de importantes habitats (regiões úmidas, planícies de regiões árticas e habitats isolados) colocando em risco algumas espécies.
África
- Queda na produção de grãos e consequente redução na segurança alimentar ameaçam populações africanas, já carentes de desenvolvimento sustentável.
- Aumento do número de transmissores de doenças infecciosas, com prejuízo da saúde da população, em uma região que já enfrenta os efeitos da aids e da desnutrição.
- Aumento de secas, enchentes e outros fenômenos naturais acentua a pressão por recursos da água, segurança alimentar, saúde e infraestrutura, restringindo o desenvolvimento da África.
- Destruição de ecossistemas vitais, com o desaparecimento de uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Várias espécies de planta e de animais podem desaparecer, com impacto no modo de vida rural, no turismo e nos recursos genéticos.
Ásia
- A incidência de fenômenos naturais aumentou nas áreas temperada e tropical da Ásia, como enchentes, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais.
- Queda na segurança alimentar em muitos países de regiões árida, tropical e temperada da Ásia com redução da produtividade na agricultura e cultura aquática, provocada pelo efeito térmico da água, elevação no nível do mar, enchentes, secas e ciclones tropicais podem diminuir a segurança alimentar. Expansão e aumento na produtividade da agricultura no norte do continente.
- Maior exposição aos vetores de doenças infecciosas aumentando os riscos para a saúde da população.
- Mega-cidades e áreas muito populosas ao longo da costa dos oceanos Pacífico e Índico são ameaçadas pela elevação no nível do mar e enchentes de rios, provocadas por fortes chuvas. A elevação no nível do mar e ciclones tropicais mais intensos podem desabrigar milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras da Ásia.
- A soma do aquecimento global e a fragmentação do habitat pode resultar na extinção de muitas espécies de mamíferos e pássaros. O aumento no nível do mar poderia colocar a segurança ecológica em risco, incluindo mangues e recifes de corais.
Austrália e Nova Zelândia
- Apesar das estimativas de que a mudança climática trará, inicialmente, benefícios para algumas safras na Austrália e Nova Zelândia, as perdas regionais e prejuízos de longo prazo serão sempre superiores.
- Secas e incêndios se tornarão ainda mais comuns e a água se tornará um assunto-chave, sendo mais valorizada em regiões do país que sofrem com a seca.
- Maior intensidade de chuvas e ciclones tropicais e mudanças regionais específicas na frequência de ciclones, aumentando os riscos para a vida, a propriedade e os ecossistemas.
- Espécies ameaçadas ou extintas, assim como ecossistemas australianos particularmente vulneráveis ao aquecimento global, incluindo recifes de corais, habitats áridos e semi-áridos no sudoeste e interior da Austrália, além de regiões montanhosas.
Regiões Polares
- Ecossistemas de regiões polares são altamente vulneráveis ao aquecimento global e têm baixa capacidade de adaptação.
- Regiões polares já estão aquecidas a níveis alarmantes e muitos ecosistemas não sobreviverão às estimativas de aumento no aquecimento global. Estima-se que a mudança climática nas regiões polares seja maior e mais rápida do que em qualquer outra região do planeta, provocando impactos físicos, ecológicos, sociológicos e econômicos maiores.
- Os impactos do aquecimento global podem ser vistos na redução do tamanho e da espessura do gelo no Ártico, degelo, erosão na zona costeira, mudanças nos lençóis e prateleiras de gelo, distribuição alterada e abundante de espécies em regiões polares.
Nações Ilhas
- Os efeitos da elevação no nível do mar influenciarão, de forma dominante, a realidade socio-econômica em muitas nações-ilhas. A estimativa é de que o nível do mar suba 5mm anualmente pelos próximos 100 anos, provocando aumento na erosão da zona costeira, perda da terra e propriedade, deslocamento de pessoas, riscos de tempestades, capacidade reduzida de recuperação dos ecossistemas costeiros, salinidade em recursos de água potável e altos custos de adaptação a estas mudanças.
- Grande vulnerabilidade de nações-ilha com suprimento de água muito limitado por causa dos impactos das mudanças climáticas sobre o equilíbrio da água.
- Impactos negativos em recifes de corais provocados pelos altos níveis de dióxido de carbono. Mangues, vegetação marítima, outros ecossistemas costeiros e a biodiversidade associada afetadas pelo aumento da temperatura e elevação acelerada do nível do mar.
- Declínio de ecossistemas costeiros, com impacto negativo para corais de peixes e de pesca, ameaçando a prática de comunidades pesqueiras e aqueles que se apóiam na pesca como fonte significativa de alimento.
- Diminuiçãode áreas de terra para arado e salinização do solo torna vulnerável a agricultura da região, tanto para produção doméstica como para exportação da safra.
- As repercussões sócio-econômicas das mudanças climáticas ameaçam o ecoturismo (importante fonte de renda e intercâmbio) e o desenvolvimento sustentável das nações-ilha.
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
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