Autor original: Marcelo Medeiros
Seção original: Uma entrevista semanal sobre temas relevantes para o Terceiro Setor
A rodovia BR-163 foi construída durante o governo militar, nos anos 70, como forma de ocupar e desenvolver a região Amazônia. Ela liga Cuiabá, no Mato Grosso, a Santarém, no Pará. Até agora, porém, não foi completamente finalizada. Dos 1.780 km de extensão, mais de 900 (de Mutum, no Mato Grosso, a Santarém) ainda são de terra batida.
Seus defensores acreditam que a pavimentação completa da estrada pode facilitar o escoamento da produção de soja do Centro-oeste e Norte do país via rio Amazonas e também da Zona Franca de Manaus para as demais regiões.
Por outro lado, ONGs afirmam que, caso não seja feita em paralelo a ações sociais, o asfaltamento da BR-163 pode afetar não só a floresta, mas também as populações rurais da área. A pressão dessas entidades fez o governo desenvolver, desde 2004, o Plano BR-163 Sustentável. Ele divide a área de influência da rodovia em três grandes regiões: Norte (calha do Amazonas e rodovia Transamazônica), Central (Médio Xingu e Tapajós) e Sul (Norte do Mato Grosso). Para cada área foi feito um diagnóstico, considerando situação fundiária, demografia e obras de infra-estrutura, e uma estratégia.
Esta é voltada para o ordenamento territorial e gestão ambiental; fomento às atividades produtivas; infra-estrutura para o desenvolvimento; inclusão social e cidadania. O plano ainda prevê ações de fortalecimento de organizações locais, mecanismos de participação e controle social e também um sistema de monitoramento.
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