Conservação em congresso

Autor original: Joana Moscatelli

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

Parque Nacional do Iguaçu | Divulgação

Foz do Iguaçu (PR), cidade que abriga um dos mais antigos parques brasileiros, o Parque Nacional Iguaçu, irá sediar de 17 a 21 de junho o V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. O objetivo é traçar um panorama da situação atual das reservas ambientais tanto em nível mundial como nacional. Entre os grandes temas do encontro destacam-se os desafios globais para a conservação da biodiversidade, as contribuições da ciência para a preservação e a importância das Unidades de Conservação para a proteção do meio ambiente. Organizado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, o Congresso pretende reunir cerca de 2 mil pessoas.

Além de produzir conhecimento, a intenção é também melhorar a gestão das Unidades de Conservação. Malu Nunes, diretora-executiva da Fundação O Boticário, destaca que o Congresso tem um componente prático muito importante. “Diversos grupos, desde estudantes até chefes de Unidades de Conservação do Ibama e procuradores do Ministério Público Federal, poderão participar de capacitações sobre conservação da biodiversidade”, ressalta.

Segundo Malu, ainda hoje a sociedade brasileira não compreende a importância das Unidades de Conservação para a sua própria sobrevivência. Ao mesmo tempo, para os governos, a criação e a manutenção de reservas ambientais também não são prioridades. Embora destaque alguns avanços alcançados pelo Ministério do Meio Ambiente nos últimos anos, como o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), Malu lamenta o baixo número de áreas protegidas no Brasil. “As pessoas não entendem ainda os benefícios das Unidades de Conservação, não percebem que elas prestam um importante serviço ambiental que reflete na vida de todos”, critica.

Nesta edição, o Congresso comemora seus dez anos de criação e amplia seu foco com o Simpósio Internacional de Conservação da Natureza. “Sempre tivemos uma preocupação de convidar pessoas de fora do Brasil, mas este ano estamos fortalecendo ainda mais a participação internacional através desse Simpósio, que irá tratar de temas mais abrangentes e mundiais. A tentativa é trazer uma visão mais ampla e diversa sobre a conservação ambiental”, conta a diretora.

Durante três tardes, de 18 a 20 de junho, serão realizadas palestras sobre cinco temas: áreas protegidas no mundo, conservação da Amazônia, a sociedade como elemento-chave para a conservação da natureza, comunicação e preservação de Unidades de Conservação para o século XXI.

Na ocasião, também será realizada uma mostra aberta ao público onde serão apresentados trabalhos e projetos de empresas, organizações e universidades. A II Mostra de Conservação da Natureza servirá como um espaço para divulgar e conhecer iniciativas que contribuem para a proteção da natureza no Brasil e no mundo.

Até 30 de maio, a taxa de participação custa R$ 470 para profissionais e R$ 270 para estudantes. Durante o evento, passa a custar R$ 640 e R$ 380, respectivamente. As inscrições podem ser feitas no endereço www2.boticario.com.br/portal/hot_sites/cbuc.

Joana Moscatelli