A justiça brasileira cassou, esta terça-feira, dia 30, a liminar que determinava a retirada dos índios Guarani-Kaiowá de área na Fazenda Cambará, em Iguatemi, a 466 km de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil.A decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) foi confirmada no Twitter pela ministra da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.“Acabamos de receber decisão judicial que suspende reintegração de posse do território dos Guarani-Kaiowá. Recurso do Governo Federal foi acatado”, escreveu a ministra.“De acordo com essa decisão, os indígenas ficam onde estão! Agora lutaremos para agilizar o processo de estudos para demarcação desse território”, acrescentou.A liminar concedida por um juiz de Naviraí, Mato Grosso do Sul, levou a tribo a divulgar uma carta em que anunciavam “morte coletiva” caso fossem obrigados a sair das terras. O caso gerou comoção nas redes sociais.O líder dos guarani-kaiwoá Solano Lopes, no entanto, esclareceu que o texto não significa que haverá suicídio coletivo, mas que a tribo “lutará até ao último guerreiro” pela permanência na propriedade.“A comunidade tem uma decisão de não sair nem por bem nem por mal. Vamos lutar por essa terra até o último guerreiro. Não vamos matar uns aos outros, mas vamos morrer pela nossa terra”, afirmou Solano, acrescentando que a “área é dos indígenas há dezenas de anos”.Fonte: Jornal de Notícias
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