O aparecimento de importantes movimentos contestatórios – e sua repressão – havia fortemente modificado a classificação de vários países em 2011. Um ano depois, o esmorecimento desses movimentos voltou a transformar o panorama geral. Exemplo disso é o Chile (60º, +20), onde as mobilizações estudantis de 2012 não atingiram as proporções do ano anterior. As ações repressoras se concentraram na região de Aysén, palco de uma intensa vaga de protestos no primeiro trimestre do ano. Esta subida do Chile na classificação deve ser relativizada, já que persistem problemas como os graves desequilíbrios no setor da comunicação, a criminalização da mídia comunitária, especialmente na zona Mapuche, e as dificuldades enfrentadas pelos jornalistas que investigam sobre a ditadura (1973-1990).As novas tendências mais perceptíveis se encontram no sul. O Brasil (108º, enlutado pela morte de cinco jornalistas em 2012, recua nove posições, após um primeiro tombo de 41 lugares em 2011. O seu panorama midiático também se caracteriza por fortes desequilíbrios. Demasiado dependente do poder político estadual, a mídia regional é a mais exposta aos ataques e agressões contra seus empregados, assim como às ordens de censura judicial que também atingem a blogosfera. Violenta, a campanha das eleições municipais de outubro de 2012 exacerbou esses riscos.Guerra midiática e golpe de Estado, causas de retrocessoNo Paraguai (91º, -11), o golpe de Estado institucional de 22 de junho de 2012 contra o Presidente Fernando Lugo depressa se repercutiu no âmbito da comunicação e da informação. Uma autêntica depuração dos funcionários dos meios públicos criados durante o mandato do presidente deposto foi acompanhada por censuras regulares de programas. As rádios comunitárias também receiam que as poucas frequências disponíveis se tornem ainda mais limitada.Para ler o relatório na íntegra, clique neste link.
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