Autor original: Viviane Gomes
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Monges budistas da Birmânia (ou Mianmar), renomados por sua atuação política, estão no Brasil em busca de apoio de autoridades governamentais, ONGs e opinião pública brasileira contra as violações aos direitos humanos que vêm sendo praticadas pela junta militar que governa o país desde 1992. No dia 22 de agosto, os monges participarão de uma coletiva de imprensa na qual vão abordar mais detalhes sobre os acontecimentos ocorridos naquele país.
As violações aos direitos humanos foram agravadas por dois acontecimentos recentes: repressão militar e prisão arbitrária de milhares de monges e ativistas de direitos humanos que marchavam pacificamente pelas ruas da cidade de Rangun, capital do país, em setembro de 2007; e resistência da junta militar em receber ajuda humanitária estrangeira e presença de ONGs, após o ciclone Nargis, que atingiu o país em maio de 2008, deixando dois milhões de desabrigados e mais de 130 mil mortos, segundo estimativas da ONU.
Os monges que vêm ao Brasil compõem a Organização Internacional de Monges Birmaneses [IBMO, da sigla em inglês], www.burmesemonks.org, criada em 2007 para conscientizar sociedades e pedir apoio da comunidade internacional. Desde a criação da entidade, os monges estiveram em 20 países, com esse mesmo objetivo. No entanto, a junta militar birmanesa parece não ceder aos apelos internacionais e anunciou, há uma semana, a extensão por mais um ano da prisão domiciliar de Aung San Suu Kyi, liderança democrática birmanesa e ganhadora do Nobel da Paz em 1991.
O encontro com jornalistas será no dia 22 de agosto, às 9h, na sede da Conectas Direitos Humanos, em São Paulo (Rua Pamplona, 1197, casa 4, Cerqueira César). Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3884-7440 ou pelo e-mail denise@conectas.org.
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