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Governança da Internet

Autor original: Viviane Gomes

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Até 6 de dezembro, será realizado em Hiderabad, Índia, o Fórum de Governança da Internet 2008 [IGF]. A Rets vai acompanhar o evento, repercutindo, diariamente, notícias sobre os acontecimentos mais importantes do fórum - que tratará de temas como acesso, privacidade, multilinguismo na Web, diversidade - entre outros. Confira as novidades.

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Hora de tomar posição

Neste momento na Índia, ocorre um Fórum que define o curso da Governança da Internet. A maioria das pessoas comuns no Brasil não sabe, mas de uma forma ou de outra será afetado pelo que vai ser decidido neste evento. É importante se informar para pensar formas de participar no IGF e em outros eventos de alcance internacional. Popularizar as tecnologias com ênfase em Internet, significa pensar que esta ferramenta tem em sua essência contradições que podem despertar má utilização desse recurso, que se tornou fundamental para cooperação e interação Humana.

Como despertar entre os leigos, entusiasmo para se envolver politicamente e tomar partido em questões cruciais, em veloz desenvolvimento e que produz conseqüências de alcance global, a destacar a ética no uso da tecnologia, pesquisar modelos interdisciplinares de políticas públicas em Inclusão Digital. A participação social revela amplo engajamento em uma demonstração de interesse em conhecer os mundos virtuais e seus conteúdos, descortinar essa nova forma de interpretar o mundo que nos cerca. Refletir sobre como as próximas gerações poderão se beneficiar, das imensas possibilidades, que o uso consciente das novas tecnologias pode proporcionar para tomar posição agora, pois as ações levam tempo para exercer sua influência e transformação, e precisam ter início em momento propício. Para saber avaliar qual é o momento e a forma de atuar, é fundamental estar antenado constantemente e conhecer os variados aspectos envolvidos em questões complexas para decidir rapidamente em tempo de exercer participação relevante.

Por: Cleber Fraga
Fonte: IGF Hub São Paulo

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Rede do Terceiro Milênio

Em tempos de sociedade do conhecimento que gera informação em tempo e espaços reais por todo o mundo conectado em novas tecnologias, por óbvio que se forma um forçoso constitucionalismo global que há de garantir, como cláusula pétrea, o acesso à informação e ao conhecimento gerados pela inclusão sócio-digital com que todos os países estão comprometidos.

A finalidade maior é erradicar a pobreza e distribuir justiça social na qual o maior poder capitalista imperial da história encontra pela frente o gigante da internet como instrumento hábil a mitigar as diferenças entre os povos.Para promover o emancipar nas sociedades em desenvolvimento. Essa rede anuncia o Terceiro Milênio, espaço-tempo em que se ergue a Cidade do Conhecimento.

Por: Daniela Pellin, da Ordem dos Advogados do Brasil
Fonte: IGF Hub São Paulo

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IGF Hiderabad - segundo dia

Não é possível acompanhar tudo o que se passa no IGF. No mesmo horário, há seis, às vezes sete eventos paralelos à sessão principal. Nesta, o segundo dia foi dedicado ao tema de cibersegurança, privacidade e abertura. Pela manhã, dois painéis apresentaram as várias dimensões do tema e tentaram iniciar um debate sobre qual o ponto de equilíbrio ideal entre privacidade e segurança, entre anonimato para fins de garantir os direitos fundamentais do internauta e anonimato para impunidade. Parece não haver resposta única a essas questões.

Brasileiros tiveram participação expressiva na sessão principal. O Senador Magno Malta fez pronunciamento em que apontou o papel dos parlamentos nacionais em lograr que grandes empresas da Internet, como a Google, sejam enquadradas e aceitem cumprir a Lei e as exigências do país em que operam. Citou o recente termo de ajustamento de conduta firmado na CPI da pedofilia do Senado Federal, entre a Google, o Ministério Público e a Safernet, destinado a combater crimes de abuso sexual de crianças e pornografia infantil. Propôs articulação dos países em desenvolvimento para elaborar regras internacionais efetivas de combate à pedofilia.

O Procurador Federal Sérgio Suiama apresentou argumentos em favor da necessidade de cooperação das empresas provedoras de serviços de redes sociais, como o Orkut, com as autoridades judiciárias dos países em que atuam, e não somente dos países em que seus servidores estão localizados.

O debate sobre combate à pedofilia e ao abuso sexual de crianças pela Internet teve boa ressonância entre os participantes. Eu mesmo, convidado a ser co-moderador dos debates, sugeri que esse tema fosse escolhido como um caso concreto no qual uma ação internacional coordenada é necessária e urgente.

Há no entanto diversas percepções sobre o que significa cibercriminalidade. Parece haver a necessidade de maior elaboração conceitual no tema. Muitos tentam priorizar o combate às fraudes bancárias ou à integridade da própria rede, e nisso parecem esquecer que, antes da rede, são as pessoas que merecem atenção, em particular os grupos mais vulneráveis, como crianças, mulheres e minorias.

Além disso, um impedimento essencial para que algo de concreto aconteça nessa área é a inabilidade do IGF de chegar a conclusões. Muito se discute, mas pouco se avança, e isso vale para todos os temas. O próprio modelo e a estrutura do IGF parece ter a intenção de evitar que se evolua para medidas concretas. Desde antes do I IGF, o Brasil vem-se posicionando contrariamente a essa noção, mas há fortes resistências por parte de grupos de interesse que temem ver mercados e negócios afetados por eventuais novas regras internacionais.

Enfim, parece haver ainda um longo caminho a percorrer. O IGF, desde o início, em Atenas, está imerso numa crise de confiança. Diversos atores com distintos interesses não atingiram ainda a maturidade suficiente para entender os pontos de vista alheios e compreender que o trabalho conjunto é necessário. Mais que necessário, é urgente, se quisermos manter a Internet livre, aberta, global e segura por muito tempo.

Por: Everton Lucero
Fonte: http://blogs.cultura.gov.br/igf/

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Cidade do Conhecimento no Fórum de Governança da Internet

A criação do Forum de Governança da Internet foi recomendada pela primeira vez no relatório do Grupo de Trabalho em Governança da Internet, (GTGI), que foi um dos assuntos discutidos na segunda fase da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), na cidade de Túnis em 2005, que formalmente criou o IGF e definiu seu mandato. Em fevereiro de 2006, o Secretário-Geral das Nações Unidas criou o Grupo de Aconselhamento e o Secretariado como as entidades principais do IGF. A abertura ocorreu em Atenas em 2007 e a segunda edição no Rio de Janeiro.

Este ano o evento ocorre em Hyderabad, Índia entre os dias 4 e 6 de dezembro. A Cidade do Conhecimento coorndena no Brasil um projeto de participação remota baseado no uso de HUBs regionais onde participantes podem interagir com as sessões principais do Forum de Governança da Internet.

A proposta é criar um grupo de discussão em torno do assunto Governança da Internet e a partir daí gerar um fórum no blog : http://cidade2.ig.com.br/category/igf-2008/ o que consideramos um serviço de utilidade pública. Através desta iniciativa pretendemos compartilhar informações e referências, fomentar a discussão, e produzir conteúdo multimidia colaborativamente que represente uma voz coletiva a ser ecoada na Índia e ao redor do mundo em relação aos temas Governança da Internet, Neutralidade da Rede, Privacidade, Acesso ao Conhecimento e Emancipação Digital.

Pedro Campos
Fonte: IGF Hub São Paulo

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The Next Billion(s)

O segundo painel do IGF 2008 girou em torno da questão fundamental para o futuro da rede - ampliar ainda mais o acesso à rede mundial, incorporar o(s) próximo(s) bilhão(ões).

A mesa ficou bastante dividida em torno do papel do telefone celular na incorporação de mais cidadãos à conectividade digital globalizada. E a expansão da telefonia celular na África foi objeto de contrrovérsia.

Os indianos usaram a sessão para mostrar que o país investe pesadamente na expansão da infra-estrutura rural para ampliar rapidamente o acesso de centenas de milhões de novos usuários de redes digitais.

Entre os destaques, ganhou evidência também a questão de colocar toda a infra-estrutura e conectividade a serviço do conteúdo. Sem conteúdo, o próximo bilhão será mal conectado ou de modo inadequado.

Por: Gilson Schwartz
Fonte: IGF Hub São Paulo

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Coalizão Dinâmica para a Diversidade Lingüística

Uma das manifestações de destaque na sessão de abertura do IGF 2008 foi a apresentação de Viola Krebs, líder da Coalizão Dinâmica para a Diversidade Linguística.

A Coalizão Dinâmica para a Diversidade Lingüística é uma das coalizões implantadas no seio do Fórum de Governança da Internet (IGF) (Internet Governance Forum IGF), constituído pela Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (CMSI). A Rede Mundial para a Diversidade Lingüística – MAAYA é presidida por S. E. Adama Samassékou, presidente do Comitê Preparatório (PrepCom1) da Rodada de Genebra da CMSI. Impulsionada por seu presidente, a rede MAAYA age como coordenadora da Coalizão, cujos objetivos provêm das recomendações 29 e 53 da Agenda de Túnis sobre a governança da Internet, a saber:

29. Reafirmamos os princípios enunciados durante a fase de Genebra da CMSI, em dezembro de 2003, segundo os quais a Internet tornou-se um recurso público mundial e sua governança deveria constituir uma das prioridades essenciais da sociedade da informação. A gestão internacional da Internet deve ser operada de maneira multilateral, transparente e democrática, com plena participação dos Estados, do setor privado, da sociedade civil e das organizações internacionais. Ela deveria garantir uma divisão justa dos recursos, facilitar o acesso de todos e garantir o funcionamento estável e seguro da Internet, respeitando o multilingüismo.

53. Comprometemo-nos a trabalhar de maneira decisiva a favor do multilingüismo da Internet no âmbito de um processo multilateral, transparente e democrático com a participação dos órgãos públicos e de todas as partes interessadas, em função de seus respectivos papéis. Em tal contexto, celebramos, além da utilização das línguas locais para a elaboração dos conteúdos, a tradução e a adaptação, os arquivos digitais e os formatos diversos de mídias digitais e tradicionais e temos consciência de que estas atividades podem também reforçar as comunidades locais e autóctones. Por esta razão, desejamos insistir sobre a necessidade de:

* estimular a adoção do multilingüismo em um certo número de setores: nomes de domínio, endereços de correio eletrônico, pesquisa por palavra-chave;

* implementar programas autorizando a presença de nomes de domínio e de conteúdos multilíngües na Internet, e utilizar diferentes tipos de software para enfrentar o problema do fosso digital lingüístico e garantir a participação de todos na nova sociedade que desponta.

A Rede Mundial para a Diversidade Lingüística – MAAYA foi também nomeada moderadora do tema Diversidade Lingüística da linha de ação C8- Diversidade Cultural e Lingüística do Plano de Ação de Genebra.

C8. Diversidade e identidade culturais, diversidade lingüística e conteúdos locais

23. A diversidade cultural e lingüística, que leva ao respeito da identidade cultural, das tradições e religiões, é essencial ao desenvolvimento de uma sociedade da informação baseada no diálogo entre as culturas e na cooperação regional e internacional. Ela constitui um fator importante do desenvolvimento sustentável.

a) Estabelecer políticas que incentivem o respeito, a preservação, a promoção e o reforço da diversidade cultural e lingüística e do patrimônio cultural na sociedade da informação, como expresso nos textos pertinentes adotados pelas Nações Unidas, principalmente a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da UNESCO. Trata-se, entre outros, de estimular os poderes públicos para que implementem políticas culturais favoráveis à produção de conteúdos culturais, educativos e científicos e ao desenvolvimento de indústrias culturais locais adaptadas ao contexto lingüístico e cultural dos usuários.

b) Formular políticas e legislações nacionais que permitam às bibliotecas, arquivos, museus e outras instituições culturais desempenhar plenamente seu papel de provedores de conteúdo – o que inclui os conhecimentos tradicionais - na Sociedade da Informação, especialmente ao fornecer acesso permanente às informações armazenadas.

c) Apoiar as iniciativas que visem o desenvolvimento e a utilização das TIC para a preservação de nosso patrimônio natural e cultural, que deve continuar a tornar-se acessível como elemento vivo da cultura atual. Convém assim elaborar sistemas permitindo o acesso permanente às informações digitais e conteúdos de multimídia arquivados nos registros digitais e a preservação dos arquivos, coleções culturais e bibliotecas, memória da humanidade.

d) Formular e aplicar políticas que visem a preservação, afirmação, respeito e promoção da diversidade da expressão cultural e dos conhecimentos e tradições das populações autóctones, graças à criação de conteúdos informativos variados e à utilização de diferentes métodos, dentre os quais a digitalização do patrimônio educativo, científico e cultural.

e) Apoiar a elaboração, tradução e adaptação de conteúdos locais, a constituição de arquivos digitais e a implementação de diversas formas de suporte de difusão da informação tradicionais e digitais pelas autoridades locais. Estas atividades também podem contribuir para fortalecer as comunidades locais e autóctones.

f) Proporcionar conteúdos adaptados à cultura e à língua de cada um no seio da sociedade da informação, dando acesso aos serviços tradicionais digitais da mídia.

g) Estimular, por meio da cooperação entre o setor público e o privado, a criação de conteúdos locais e nacionais variados, principalmente de conteúdos disponíveis na língua dos usuários, e reconhecer e apoiar as atividades baseadas nas TIC em todos os campos artísticos.

h) Reforçar as atividades que privilegiam os programas diferenciados, no ensino escolar ou extra-escolar para todos, e que permitam às mulheres melhorar sua capacidade de comunicação e de utilização da mídia, afim de torná-las mais capazes de compreender e elaborar conteúdos para as TIC.

i) Desenvolver, a nível local, capacidades de criação e difusão tanto de softwares nas línguas locais, como de conteúdos adaptados às diferentes categorias da população, incluindo analfabetos, deficientes físicos, categorias desfavorecidas ou vulneráveis, principalmente nos países em desenvolvimento e nos de economia em transição.

j) Apoiar os suportes de difusão da informação comunitários bem como os projetos utilizando ao mesmo tempo os sistemas tradicionais e as novas tecnologias para facilitar o uso de línguas locais, a coleta de informação sobre o patrimônio local e sua proteção, particularmente no que diz respeito à diversidade de paisagens e à diversidade biológica, e reconhecer que estes suportes de difusão constituem um meio de atingir as comunidades rurais e os grupos nômades e isolados.

k) Fortalecer as capacidades dos povos autóctones em elaborar conteúdos em suas próprias línguas.

l) Cooperar com os povos autóctones e as comunidades tradicionais com objetivo de utilizar seu saber tradicional de maneira mais eficaz, e mais proveitosa, na sociedade da informação.

m) Promover o intercâmbio de conhecimentos, experiências e práticas sobre estratégias e ferramentas concebidas para promover a diversidade cultural e lingüística em níveis regional e sub-regional. Para tal, o estudo de pontos específicos do presente Plano de Ação para facilitar os esforços de integração pode ser confiado a grupos de trabalho regionais e sub-regionais.

n) Avaliar, em escala regional, a contribuição das TIC aos intercâmbios cultural e às relações culturais recíprocas, elaborando-se programas apropriados segundo os resultados desta avaliação.

o) Por meio de uma cooperação entre o setor público e o privado os poderes públicos deveriam promover tecnologias e programas de pesquisa e desenvolvimento em diversos campos, como a tradução, a iconografia ou os serviços de assistência vocal, bem como o desenvolvimento de materiais necessários e diversos modelos de softwares, dentre os quais os softwares proprietários, os de código-fonte aberto e os livres, tais como as fontes de caracteres normalizados, códigos de língua, dicionários, ferramentas terminológicas e tesauros eletrônicos, motores de pesquisa multilíngües, ferramentas de tradução automática, nomes de domínio internacionalizados, referenciamento de conteúdos, além de softwares gerais e aplicativos.

Por uma questão de sinergia e coerência, as duas ações da MAAYA, tanto no âmbito do Fórum de Governança da Internet, como da implementação do Plano de Ação de Genebra, se reúnem, no seio desta coalizão dinâmica, sob a direção do presidente Samassékou. A Coalizão constitui assim também a equipe de partes múltiplas para a implementação do tema de Diversidade Lingüística do Plano de Ação de Genebra.

Objetivos da Rede Mundial MAAYA, coordenadora da Coalizão Dinâmica para a Diversidade Lingüística e moderadora do tema da Diversidade Lingüística para a implementação do Plano de Ação de Genebra:

* Incentivar a sociedade civil, o mundo econômico, o mundo da pesquisa e as ONGs, bem como os governos e instituições, a prever, adotar e implementar medidas favorecendo um multilingüismo justo;

* Promover uma educação multilíngüe baseada na língua materna, que contribui a favorecer a capacidade de livre expressão lingüística e cultural da comunidade, de maneira a garantir a igualdade e a paridade social;

* Promover o multilingüismo dos softwares e o acesso justo de todas as línguas ao ciberespaço e ao universo da informática;

* Facilitar a “capacitação” das comunidades lingüísticas em todo o mundo para que dominem seu desenvolvimento e defendam sua própria língua e sua utilização;

* Contribuir para a criação e a partilha dos recursos lingüísticos;

* Acompanhar a implementação de políticas lingüísticas e servir de ponto focal para projetos de pesquisas lingüísticas.

São membros atuais da MAAYA:
Académie africaine des langues (www.acalan.org)
Association YSB Sängö (sango.free.fr)
Codice Idee per cultura SRL (www.codicecultura.it)
E-Africa Commission du NEPAD (www.eafricacommission.org)
ENSTA (www.ensta.fr)
Funredes (funredes.org)
Global Knowledge Partnership (www.globalknowledge.org)
GREF
ICVolontaires (www.icvolunteers.org)
Institut francophone des nouvelles tecnologies de l’information et de la formation (INTIF) (intif.francophonie.org)
Internacional Literacy Institute of the University of Pennsylvania (ILI) (www.literacyonline.org/HTMs/ili.htm)
Intlnet (intlnet.org)
Language Observatory (www.language-observatory.org)
Linguamón - Casa de les Llengües (www.linguamon.cat)
Linguasphere Observatory (www.linguasphere.org)
Multilingual Internet Names Consortium (MINC) (minc.org)
Organisation Intergouvernementale de la Francophonie (OIF) (www.francophonie.org)
RECLA
SIL Internacional (www.sil.org)
Thai Computational Linguistics Laboratory (www.tcllab.org)
Toile Métisse (www.toile-metisse.org)
UNESCO (www.unesco.org)
Unicode IDN in Africa
Union Africaine (www.africa-union.org)
Union Internacional des Télécommunications (UIT) (www.itu.int)
União Latina – Direção de Terminologia e Indústrias da Língua (www.unilat.org)

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Acessibilidade - Além do Texto Escrito

A mobilidade e as possibilidades expressivas do audiovisual, em especial para contornar o baixo peso relativo de línguas não-hegemônicas na internet, ganharam destaque nas várias participações do primeiro painel do IGF 2008, sobre multilingualismo.

A internet de hoje não é mais uma web usada apenas por anglófonos, isso exige não apenas o desenvolvimento de ferramentas novas mas também atencão aos potenciais de acessibilidade criados pela mobilidade dos celulares e pela versatilidade do audiovisual.

Por: Gilson Schwartz
Fonte: IGF Hub São Paulo

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Multilingualismo: tema de abertura do IGF 2008

O multilingualismo foi o tema central no IGF 2008, na sessão de abertura. O assunto foi abordado pela moderadora em três níveis:

- Conteúdo disponível em linguagens amplamente acessíveis e ligadas à cultura local são o desafio para uma visão mais adequada da conectividade.

- Localização e disponibilidade de ferramentas, como software, capacitação, tradução de materiais técnicos, questões ligadas a acessibilidade linguística.

- A questão central e inovadora é a do acesso ao sistema internacional de domínios. Novas ferramentas tecnológicas permitem a geração de código e tecnologia em muitas línguas.

Veja o material completo e as oficinas paralelas sobre multilingualismo na internet.

Por: Gilson Schwartz
Fonte: IGF Hub São Paulo

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Declaração de Direitos da Internet

Se você já ouviu algo sobre Declaração de Direitos da Internet mas nunca teve chance de obter informações rápidas sobre o assunto, assista ao vídeo, em inglês, que Seiiti Arata Jr. fez, em Hiderabad, com Max Senges, coordenador da Coalizão Dinâmica* Internet Bill of Rights.

Fonte: Diplo Internet Governance Community

*As Coalizões Dinâmicas ("Dynamic Coalitions") são grupos de trabalho pluralistas ("multistakeholder") formados por organizações da sociedade civil, representantes de governo, entidades acadêmicas e empresas, criados durante e/ou como resultado do primeiro Internet Governance Fórum (IGF), realizado em Atenas, em outubro de 2006, com o objetivo de debater e formular propostas sobre diferentes temas relacionados à governança da Internet. (Fonte: Comitê Gestor da Internet no Brasil.

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IGF Hiderabad - véspera

Na véspera da abertura do 3° IGF, em Hiderabad, comenta-se sobre os efeitos dos recentes atentados terroristas em Mumbai para a participação no IGF. Grupos importantes, como o Conselho da Europa, os membros do Parlamento Europeu, a empresa japonesa Fujitsu e expressivo número de participantes individuais cancelaram a viagem à última hora, com medo de novos atentados. A reação parece desproporcional aos fatos, já que Hiderabad fica a cerca de 700 km de Mumbai e não sentiu nenhum reflexo direto dos atos terroristas perpretrados naquela cidade. Alguns workshops estão sendo cancelados ou reduzidos, mas sem ainda comprometer o evento como um todo.

Nesta terça, dia 2, pela manhã, hasteou-se a bandeira das Nações Unidas na entrada do pavilhão do evento. Esse ato simbólico significa que o centro de conferências onde se realiza o IGF passa a ser, a partir de agora, território neutro, internacional. A jurisdição é transferida do governo indiano para as Nações Unidas, que também passam a se encarregar da segurança dos participantes, do policiamento interno, dos controles de acesso.

Entre os eventos do dia, destacam-se o simpósio anual da Giganet, rede acadêmica de pesquisas sobre governança da Internet, onde foram apresentados trabalhos interessantes sobre o ritmo de evolução dos arranjos formais e informais para a governança da rede mundial; e reunião de parlamentares, essa um tanto esvaziada, pelo cancelamento da vinda dos membros do parlamento europeu.

A abertura oficial será nesta quarta-feira, às 14 horas (hora local). A maioria dos brasileiros chegou hoje ou está para chegar. A participação brasileira registra as desistências dos Senadores Eduardo Azeredo e Flexa Ribeiro, únicos a terem cancelado a viagem na esteira dos atentados de Mumbai. Aliás, este blog já havia informado que seriam apenas dois os representantes do Congresso Nacional em Hiderabad: os Senadores Magno Malta e Virgínio de Carvalho, ao contrário do que informou, erroneamente, a Agência Senado.

Por: Everton Lucero
Fonte: http://blogs.cultura.gov.br/igf/

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O Brasil em Hiderabad

O IGF não é reunião típica de governos. Dele participam, em pé de igualdade, empresas, ONGs, acadêmicos, usuários da Internet e qualquer pessoa interessada. Daí ser difícil definir, claramente, o que é posição nacional e o que é contribuição pessoal dos participantes.

Na terceira edição do IGF, em Hiderabad, o Brasil se fará presente com importante delegação. Deverão participar dois Senadores (Magno Malta, Virginio José de Carvalho Neto), Procuradores da República, diplomatas (inclusive o Embaixador do Brasil em Nova Delhi, que chefiará a Delegação), representantes da Presidência da República, do Ministério Público, do Ministério do Planejamento, da Cultura, da ANATEL, do Comitê-Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), de ONGs (SaferNet Brasil, RITS), da Academia (FGV), empresários, entre outros.

Estão convidados a falar, em diversas sessões, os seguintes brasileiros:

- Senador Magno Malta, Procurador da República Sérgio Gardenghi Suiama e Dr. Thiago Tavares (Safernet), no workshop “Estratégias para a Prevenção e o Combate à Pornografia Infantil nos Países em Desenvolvimento”;
- Everton Lucero, Conselheiro da Embaixada do Brasil em Washington, no workshop principal sobre mecanismos de governança da Internet;
- José Vitor Carvalho Hansem, subchefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do Itamaraty, no workshop “Uma Agenda para o Desenvolvimento para Governança da Internet: dos princípios à prática”;
- Demi Getschko (CGI.br), no workshop “Processos Nacionais multissetoriais e sua relação com o IGF”.

Além disso, os parlamentares brasileiros deverão participar de sessão especial para legisladores, no dia 2/dez.

Os representantes do governo brasileiro seguirão a orientação de defender a plena aplicação dos princípios e resultados da Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação, em particular da Agenda de Túnis, que, entre várias outras coisas, contempla os seguintes pontos:

(1) a Internet tornou-se bem disponível em escala global e sua governança constitui um dos temas centrais da agenda da sociedade da informação;

(2) o compromisso com a construção de um modelo de governança da internet que seja inclusivo, centrado na pessoa e orientado ao desenvolvimento;

(3) a necessidade de que a governança da Internet seja exercida de modo multilateral, transparente e democrático, com a participação de todos os setores em seus respectivos papéis, inclusive dos governos;

(4) a necessidade de estabelecer processo de cooperação internacional aprimorada (”enhanced cooperation”), com a participação das organizações relevantes e de todos os setores, com vistas a habilitar os governos, em igualdade de condições, a cumprirem suas responsabilidades na formulação de políticas públicas internacionais relacionadas à Internet.

Por: Everton Lucero
Fonte: http://blogs.cultura.gov.br/igf/

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Parceria entre governo, instituições de ensino e ONGs facilita participação remota no IGF 2008

Quem controla a rede mundial de computadores? Como se articulam direitos, segurança e liberdade no mais complexo ambiente de comunicação já criado? Quais as fronteiras do Estado, do mercado e da sociedade civil na criação, desenvolvimento e gestão das redes? Esses são alguns dos temas em pauta no “Internet Governance Forum 2008". Organizado pela primeira vez em 2006 na Grécia, teve sua segunda edição em 2007 no Rio de Janeiro e, neste ano, de 3 e 6 de dezembro, o IGF acontece em Hyderabad, Índia.

A Cidade do Conhecimento, em parceria com a RITS, a Diplo Foundation e o Ministério da Cultura do Brasil, organiza no laboratório da USP um “hub” de participação remota, com acesso e voz nas assembléias e na plenária do IGF. Registre aqui suas idéias e programe sua participação nas madrugadas e manhãs, de 3 a 6 de dezembro. No dia 6, sábado, haverá uma festa de encerramento, a partir das 9h, no laboratório da Cidade do Conhecimento na USP.

Internet Governance Forum 2008
Hyderabad, Índia
3 a 6 de dezembro
Remote Participation Hub
Cidade do Conhecimento, USP

Fonte: http://blogs.cultura.gov.br/igf/

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Co-fundador explica como usar a ferramenta DimDim para participar dos debates do IGF 2008

No dia 1° de dezembro, em Hiderabad, na Índia, de onde participa do Internet Governance Forum 2008, Seiiti Arata Jr. teve um encontro com Sundar Subramanian, co-fundador da ferramenta DimDim. No vídeo, Sundar explica como, mesmo não participando do IGF através de um HUB*, pessoas de todo o mundo podem acompanhar as dicussões que ocorrerem na fórum através de qualquer computador conectado à Internet. Confiram o vídeo, em inglês, aqui.

*Hubs: O projeto HUB ou Centro de Atividades foi desenvolvido para funcionar como bases regionais (físicas) de onde participantes de todo o mundo poderão interagir com as principais sessões do IGF 2008, que acontece em Hiderabad, Índia. Através da plataforma DimDim - uma ferramenta aberta e gratuita - mesmo pessoas que não podem estar presencialmente em um HUB poderão realizar e acompanhar web conferências, apresentar e visualizar slides, conversar em tempo real, além de assistir a eventos e transmitir via webcam sem a necessidade de download. Saiba mais sobre o HUB em www.igfremote.com. Informações sobre o DimDim estão em www.dimdim.com.

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