Autor original: Viviane Gomes
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O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, pediu o estrito cumprimento dos princípios humanitários no atual conflito em Gaza, incluindo o respeito ao direito universal daqueles que buscam segurança em outros países. Apesar de não existir um movimento em larga escala para fora de Gaza devido ao bloqueio, Guterres lembrou os países vizinhos de suas responsabilidades no que se refere ao direito de acesso à proteção.
“De acordo com a legislação internacional, as pessoas que são forçadas a fugir da Faixa de Gaza devem ter a possibilidade e o direito de buscar proteção e segurança em outros países. Assim, peço que todas as fronteiras e rotas de acesso sejam mantidas abertas e em segurança, e que os Palestinos que pretendem deixar Gaza não sejam impedidos”, disse o Alto Comissário na sede do ACNUR, em Genebra.
Guterres expressou também forte apoio e solidariedade à organização responsável pela assistência aos Palestinos, a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), que tenta manter sua missão em Gaza, apesar da piora na situação humanitária.
“É absolutamente imperativo que a chegada imediata de assistência humanitária às vítimas civis desse conflito seja facilitada, incluindo o acesso pelo Egito e por Israel. Pedimos à comunidade internacional e a todos os atores humanitários apoio aos esforços da UNRWA na assistência às vítimas da violência”, afirmou Guterres.
O ACNUR forneceu ao Crescente Vermelho do Egito material para assistência emergencial de Palestinos caso sejam admitidos em território egípcio. A agência da ONU para refugiados mantém-se também preparada para enviar uma equipe emergencial e equipamentos para a área caso seja solicitada.
“As consequências sofridas pelos civis inocentes, incluindo muitas crianças, são angustiantes. Como agência humanitária que lida com as repercussões da violência e da perseguição em todo o mundo, o ACNUR expressa sua profunda tristeza com relação ao sofrimento e à perda de vidas que estamos vendo. Eu me junto ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-monn, no pedido de um fim imediato de toda a violência”, disse o Alto Comissário.
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