Autor original: Viviane Gomes
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A Associação para o Progresso das Comunicações [APC] está trabalhando na criação de uma coalizão de empresas e organizações da sociedade civil que possa pressionar o governo da África do Sul pela diminuição dos custos relacionados à Internet naquele país. A África do Sul está prestes a implantar uma grande infra-estrutura de banda larga, suficientemente acessível para ter um impacto significativo no desenvolvimento socioeconômico político, cultural e educacional do país. Porém, há uma defasagem entre a cobertura da banda larga na África do Sul e em outros países de nível de desenvolvimento similar, como a República Checa, Polônia, Hungria e Turquia. Isto é em parte devido à falta de um marco coerente de políticas que orientem o desenvolvimento da banda larga.
A coalizão já conta com apoio da Parceria para o Ensino Superior na África [PHEA, do original em inglês Partnership for Higher Education in Africa] e manifesto interesse de provedores de serviços de internet, trabalhadores do ramo da comunicação, produtores de conteúdo, acadêmicos, especialistas em energia alternativa, várias organizações da sociedade civil e associações do setor privado. Juntos, estes grupos identificaram os principais componentes da estratégia de banda larga nacional, que foram consolidados no marco de políticas a serem apresentadas ao novo governo (eleito em abril). Em 24 de março de 2009, as entidades fundadoras da coalizão – APC, South Africa Connect, SANGONeT e a Fundação Shuttleworth – convocaram um fórum de um dia que reuniu cerca de oitenta especialistas em tecnologia do ramo empresarial, da sociedade civil e do governo, e apresentaram um esboço do marco para análise crítica.
Os principais objetivos do marco de políticas são proporcionar a todos os sul-africanos um acesso barato à banda larga; que ela seja considerada uma infra-estrutura básica de serviços, como água, esgoto e eletricidade; e que o acesso à internet seja visto como um direito público. O marco também estipula que as necessidades em educação, saúde, serviços governamentais e das pequenas e médias empresas sejam priorizadas, e que se ofereçam incentivos para a construção de redes em áreas mal servidas.
Os indicadores de progresso propostos no dia do fórum estipulam que até 2014 a África do Sul deverá: ter acesso à banda larga em cada cidade e vilarejo de seu território; acesso mais barato à banda larga do continente africano; e ser o primeiro país na África em termos de cobertura da banda larga.
Apóie a campanha
Um site de campanha que pede “uma abrangente estratégia nacional de banda larga para a África do Sul” começou a funcionar em 17 de abril, e aceita assinaturas de apoio. Apenas dez dias depois, já haviam assinado a petição mais de mil pessoas e 120 organizações, incluindo muitas pequenas e médias empresas. Qualquer sul-africano pode assinar a petição no site www.broadband4africa.org.za e encorajar outros/as conterrâneos a fazerem o mesmo pela Internet (mediante convite pelo Facebook, por exemplo). Outros detalhes sobre a iniciativa estão em www.apc.org/es/node/8595.
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