Na Internet precisamos de nomes de domínio para chegar aos serviços que queremos, para mandar e receber informações, para nos comunicarmos. Parte das condições técnicas que permite essa comunicação compete à ICANN coordenar. ICANN é a sigla em inglês para Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, sendo a responsável pela coordenação global do sistema de identificadores exclusivos da Internet, entre eles endereços numéricos e os respectivos nomes de domínio. Atualmente há pouco mais de 20 diferentes nomes de domínio de primeiro nível genéricos (gTLDs) -- que podem ser usados por cidadãos e entidades de qualquer país --, como o .com, .net, .info, .org e outros, e cerca de 250 domínios de primeiro nível de paises (ccTLDs), como o .br para o Brasil e o .ca para o Canadá. Em 2011 a ICANN abriu a possibilidade de empresas registrarem novos domínios de primeiro nível genéricos (gTLDs) e venderem a quem queira registrar seu serviço Internet em um endereço mais “personalizado”, ou usarem exclusivamente para si, sem a necessidade de utilizar os já existentes (.com, .org e outros) ou os domínios de países. É negócio grande, com muito dinheiro envolvido, mas desde o início se discutiu que nomes regionais não poderiam ser registrados se a região afetada apresentasse oposição. Porém, o princípio funciona até esbarrar em consideráveis interesses comerciais. A Amazon, gigante virtual de venda de produtos online, solicitou o registro de seu nome – Amazônia em inglês. Nome, aliás, inspirado na exuberância e diversidade da Floresta Amazônica, conforme declarou o criador da empresa. O pedido de registro (que inclui as versões em chinês e japonês do nome) foi impugnado por países da região, entre eles o Brasil, mas a decisão final ainda não foi tomada. Tal definição diz respeito a toda a comunidade de países que estão integrados pela Floresta Amazônica – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Por isso, precisamos fortalecer a oposição a esse pedido de registro, demonstrando que a sociedade não apoia o uso comercial do gTLD "Amazônia" por uma empresa! Assine a carta a ser enviada à Presidente do Conselho que reúne representantes de governo na ICANN. Heather Dryden Presidente Comitê Assessor Governamental da ICANN Prezada Sra. Dryden, Essa é uma carta em apoio à impugnação apresentada pelos governos da região Amazônica para que a solicitação de registro do .AMAZON seja rejeitada. A região Amazônica se constitui como uma importante parte do território da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, devido à sua extensa biodiversidade, suas culturas e idiomas diversos, além de incalculáveis recursos naturais. Conceder direitos exclusivos a esse domínio específico à uma empresa privada impediria o seu uso para propósitos de interesse público relacionados à proteção, promoção e sensibilização em temas relativos ao bioma Amazônico. Bloquearia também a possibilidade do uso desse domínio para congregar páginas na web ligadas às populações que habitam essa região geográfica. Como se não bastasse, esse gTLD solicitado pela “Amazon EU S.ar.l” corresponde à parte do nome, em inglês, da “Organização do Tratado de Cooperação Amazônica”, uma organização internacional que coordena iniciativas nos marcos do Tratado de Cooperação Amazônica, assinado em Julho de 1978 pela Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, e realiza a execução de suas decisões por meio de seu Secretariado Permanente. Por fim, interessa ressaltar que a solicitação para o registro do .AMAZON não recebeu o apoio dos governos dos países em que a região Amazônica está localizada.Assine a carta.
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