A Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentou no dia 8 de outubro em Brasília um compromisso das agências das Nações Unidas que estabelece a luta contra o trabalho infantil como uma prioridade de suas ações de cooperação na América Latina e Caribe.O problema afeta 12,5 milhões de crianças na região, a maior parte delas realizando trabalho perigoso.O documento da iniciativa interagencial foi apresentado na Casa da ONU em Brasília, ao mesmo tempo em que se realiza a III Conferência Global sobre Trabalho Infantil iniciada também nesta terça-feira. O encontro reúne mais de 1.300 delegados de cerca de 150 países.Durante a divulgação do documento da ONU foi destacado que a iniciativa procura impulsionar “um esforço coletivo de complementaridade de ações”.“Devemos potencializar nossos esforços e construir fortes vínculos para enfrentar um tema que requer nossa atenção”, disse a diretora regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeh Tinoco.As dimensões do trabalho infantil na região “nos obrigam a redobrar esforços”. Tinoco disse que, apesar dos importantes avanços registrados nos últimos anos, ainda existem 12,5 milhões de meninas e meninos envolvidos no trabalho infantil, o que continua sendo um número elevado.Além disso, qualificou como um “sinal de alarme” o fato de que a grande maioria dessas crianças, cerca de 9,6 milhões, estejam realizando trabalhos perigosos, equivalentes às piores formas de trabalho infantil.“Estes números devem nos colocar em alerta e obrigarmo-nos a ser mais criativos e eficientes”, acrescentou a representante da OIT. A coordenação das agências da ONU permitirá melhorar a cooperação com os governos.Na iniciativa interagencial liderada pela OIT e OPAS, participaram também UNFPA, UNICEF, FAO, PNUD,UNESCO e ONU Mulheres.No documento “Prioridades do Sistema das Nações Unidas para enfrentar o trabalho infantil na América Latina e Caribe” são detalhadas como prioridades de ação as relacionadas com a eliminação das piores formas de trabalho infantil, o trabalho infantil rural, nos povos indígenas e o trabalho infantil doméstico.Além disso, é enfatizada a necessidade de cooperação para a geração de conhecimento, bem como a promoção de iniciativas de proteção social.
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