A reflexão sobre a violência contra a mulher negra – que sofre, ao mesmo tempo, com o racismo e o machismo – toma conta de cinco espaços culturais de São Paulo a partir deste sábado, 16 de julho. A 2ª edição da Mostra da Mulher Afro, Latinoamericana, Caribenha e Indígena – Violências In’vibilizadas tem programação gratuita com shows, seminários, espetáculos teatrais, exposições temáticas e rodas de conversas.Até o dia 31 de julho, as atividades acontecem no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (CFCCT), que é o realizador do evento, e também nos centros culturais da Penha e Vila Formosa, nas casas de Cultura Brasilândia e Cidade Tiradentes, além do Teatro Municipal Flávio Império. A edição deste ano da mostra será dedicada à memória de Luana Barbosa dos Reis, morta em abril deste ano após ser espancada por policiais.As discussões focam em temas como a cultura do estupro, violência doméstica, sexual, emocional, racial, institucional e de gênero. Dentre os destaques da programação, estão a Mostra Periferia na Tela, no CFCCT, dias 21, 26, 27 e 29, às 19h; o desfile Afro Fashion WAPI, na Casa de Cultura Cidade Tiradentes, dia 24, às 17h; e a roda de conversa ‘Mulheres Negras no Hip Hop’, na Vila Formosa, dia 29, às 20h. A peça Oju Orum, que destaca o papel da mulher e a construção de gênero, será encenada CFCCT, no dia 29, às 20h.Na abertura da mostra, sábado, haverá o “Sarau das Pretas”, em que jovens escritoras negras atuantes nas periferias da cidade de São Paulo mostram o talento para a literatura. Acontece no CFCCT, às 19h. No Centro Cultural da Penha, a partir das 10h, tem início exposições e debates sobre a cultura do estupro no Brasil.Celebrado em 25 de julho, o Dia da Mulher Afro, Latinoamericana e Caribenha a data lembra a luta da mulher negra que em sua jornada de vida tem uma luta dupla contra o racismo e machismo. A data foi definida em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, durante a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro, Latinoamericanas e Afrocaribenhas.
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