O movimento OcupaMinC no Rio de Janeiro inicia amanhã (15), às 18h, uma série de encontros com ativistas, que vai debater a construção de uma democracia libertária no país. As discussões serão feitas no antigo Canecão, que foi rebatizado de ‘Casa da Democracia’ e está ocupado desde que a Polícia Federal fez a reintegração de posse do Palácio Capanema, em 25 de julho. O Capanema, sede da Funarte, foi onde o movimento se estabeleceu como ocupação no Rio de Janeiro para resistir ao golpe parlamentar no país.Os debates serão feitos também nos próximos dias 22 e 29. A programação é motivada pelo fato de que a democracia no Brasil aponta registros de uma série de golpes e resistências, visíveis e invisíveis, desde a invasão e tomada de terras dos povos originários pelos europeus até o golpe político deste ano.A extinção dos Ministérios da Cultura, da Mulher, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Comunicação Social, do Desenvolvimento Agrário, a precarização do SUS, as propostas de privatização de serviços públicos e de recursos naturais como o pré-sal, entre outros retrocessos, tem como resposta a mobilização de movimentos sociais que tecem redes de resistência, como a que surgiu com a extinção do Ministério da Cultura pelo governo interino.Ainda que o presidente interino de Michel Temer tenha voltado atrás em relação à extinção do Ministério da Cultura, o OcupaMinC adquiriu uma importância simbólica na resistência ao golpe e por isso continuou a prosperar.O resultado esperado da série de encontros que começa nesta segunda-feira é a criação de um panorama da democracia, a partir dos questionamentos à presente ordem democrática. Com base nessas informações, será construído um painel propositivo de ações afirmativas e políticas públicas com a participação popular e cidadã.A metodologia dos encontros prevê rodas de conversa divididas em painéis dos temas transversais à cultura, direitos, comunicação, educação, saúde, sustentabilidade e utopia. O público-alvo são os movimentos sociais e estudantis, ativistas políticos, artistas, gestores, advogados, estudantes, professores e a classe trabalhadora em geral.Fonte: Observatório da Sociedade Civil
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