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NoBrasil abre inscrições para o AfroTranscendence 2016

Estão abertas até 06 de outubro as inscrições gratuitas para a 2ª edição do AfroTranscendence, programa de imersão na cultura afro-brasileira contemporânea. De 26 a 29 de outubro, o Red Bull Station, na região central de São Paulo, recebe o projeto que selecionará 20 pessoas por meio do site da NoBrasil.O programa intensivo será conduzido por especialistas, artistas e pesquisadores da área – como a especialista em cultura bantu Makota Valdina e a pesquisadora, escritora e artista de São Tomé e Príncipe Grada Kilomba. Os interessados em se inscrever devem estar relacionados, de alguma forma, com pesquisas, práticas artísticas ou manifestações tradicionais da cultura afro-brasileira.Serão quatro dias de palestras, laboratórios, workshops e vivências artísticas, divididos em três eixos centrais: “Descender para Transcender: descolonizando o conhecimento”; “A memória da Criação: panorama para práticas de inversão no contemporâneo”; e “Estéticas Negra: pesquisa e processos sincréticos”.Neste ano, a imersão terá ainda o Laboratório de Criação AfroTrans, espaço cuja proposta é que os selecionados criem, coletivamente, uma experiência que abordará todas as linguagens artísticas da cultura afro, tendo como pilares a história, a linguagem, o corpo, o som, a imagem e a tecnologia.O AfroTranscendence é uma realização da NoBrasil, plataforma de pesquisa e experimentos curatoriais e conta ainda com uma programação aberta ao público, com atrações como uma palestra de Grada Kilomba e exibição de filmes do Festival de Cinema Africano do Vale do Silício, parceria e intercâmbio inédito com o Brasil. A agenda completa será divulgada em breve.Para a diretora criativa e curadora do NoBrasil, Diane Lima, este ano o evento “além de reforçar a importância da memória do nosso corpo, desse passear entre os tempos e de propor um exercício para criação de uma experiência expandida entre diferentes linguagens artísticas e tecnologia, o projeto discute o que a sua presença irrompe no mundo: o racismo estrutural presente nas instituições artístico-culturais e de produção de conhecimento. Analisando a minha própria função, questiono o que significa para nós a palavra curadoria, deixando a seguinte pergunta para discussão: seria a figura do curador ou o ofício da curadoria, o dispositivo de invisibilização do que a arte negra manifesta?”.

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