Foram divulgados os resultados do Prêmio Juliana Santilli – Agrobiodiversidade – Edição 2017. A distinção homenageia Juliana Santilli, advogada socioambiental, pensadora e defensora incansável da agrobiodiversidade, que faleceu em 2015.
A premiação está dividida em três categorias: as duas primeiras premiam iniciativas ligadas à produção e ao uso da agrobiodiversidade e uma terceira premia um texto sobre o tema. No caso das duas primeiras categorias, será disponibilizado aos vencedores apoio para uma visita ou intercâmbio de experiências de agrobiodiversidade (saiba mais).
O premiado na categoria 1, que contempla iniciativas que promovem a ampliação e a conservação da agrobiodiversidade, foi o Projeto de Assentamento Agroflorestal José Lutzenberger, do MST, localizado no município de Antonina, litoral norte do Paraná, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba. O projeto concilia a produção de alimentos livres de agrotóxicos com a recuperação da Mata Atlântica da região, “uma iniciativa de vida para as florestas e para as pessoas que nela vivem”, nas palavras dos proponentes. Nessa categoria, outras cinco iniciativas, receberam o selo de reconhecimento do Prêmio Juliana Santilli.
Na categoria 2, que contempla iniciativas que promovem e estimulam a agrobiodiversidade em experiências de economia solidária e associativa, os premiados foram as lideranças do Território Tenonde Porã, com uma iniciativa que acontece na adeia indígena Guarani Mbya, na Zona Sul de São Paulo. Trata-se da Tembi´u Porã – Alimento Sagrado, projeto que recupera sementes dos alimentos sagrados e distribui as variedades recuperadas para outras aldeias Guarani Mbya. Também, nessa categoria, outras cinco iniciativas, receberam o selo de reconhecimento do Prêmio Juliana Santilli.
Na categoria 3, cujo prêmio é a publicação do texto submetido pela Editora IEB - Mil Folhas, o vencedor foi a coletânea intitulada “Práticas e saberes sobre agrobiodiversidade: a contribuição de povos tradicionais” que reune textos de Ana Gabriela Morim de Lima, Igor Scaramuzzi, Joana Cabral de Oliveira, Laura Santonieri, Marilena Arruda Campos e Thiago Cardoso. Nessa categoria, o texto de Joana Braun Basse, “Viver de mato só, não dá! Relações ecológicas entre pessoas, mato e paisagem de uma experiência etnográfica junto a habitantes do Confim da Águas”, foi agraciado com uma menção honrosa.
Para cada categoria, foram concedidos também selos de reconhecimento às iniciativas que fazem a diferença na agrobiodiversidade.
A premiação será em Brasília no final de outubro, em data ainda a ser confirmada. Veja aqui o resultado completo.
Fonte: Instituto Socioambiental
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