Autor original: Paulo Henrique Lima
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O artigo dessa semana discute uma questão levantada atualmente pelas organizações não governamentais: a da preservação da identidade das instituições do terceiro setor em contraponto com a busca pelos padrões de eficiência e de eficácia importados das empresas que visam o lucro. "Preservar a identidade e buscar padrões de eficiência: questões complementares ou contraditórias na atualidade das organizações não governamentais?" foi escrito por Cristina Amélia Pereira de Carvalho, professora adjunta da Universidade Federal de Alagoas e Doutora em Administração pela Universidad de Córdoba, localizada na Espanha.
Essa questão é discutida, nesse artigo, com base nas novas formas de financiamento das ongs, moldes de gestão que incluem novos elementos, como a participação voluntária e, no marco legal, que já assume um poder de normatização específico sobre as ongs. Parte dessas questões foram verificadas e testadas no universo de organizações de Alagoas, que mostram um resultado de crescente profissionalização e burocratização no processo de institucionalização do terceiro setor e dos novos movimentos sociais. Para um maior entendimento do assunto, a autora inicia o artigo mostrando a relação entre os movimentos sociais e as associações, que dão suporte a esses movimentos. Como conclusão, a autora escreve que a execução de projetos para a integração social é o que dá sentido à existência das organizações de voluntariado e das ongs.
Outro ponto abordado pela professora é o da estrutura das organizações não governamentais. Segundo ela, as ongs podem ter, aparentemente, uma organização simples. Mas, a autora propõe a idéia de que "são micro cosmos representativos da complexidade da sociedade em que estão inseridas".
A partir desse artigo, os leitores têm ainda uma visão da gestão das ongs, que hoje, segundo a autora, se baseia na experiência da gestão das empresas privadas e das organizações públicas. Dessa forma, existe a necessidade de serem rentáveis, produtivas e eficientes para poder competir na captação de recursos dos doadores. Assim, inicia-se a profissionalização.
O presente artigo mostra também a progressiva mudança no contexto em que se movimentam as ongs, no Brasil, além de propor uma reflexão sobre o mercado de trabalho no terceiro setor.
A Rets não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. |
1 Arendt, Hannah, On Revolution, Penguin Books, 1963.
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2 Ver Richard Barbrook, www.nettime.org/nettime.w3archive/199909/msg00049.html.
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3 Para os dados dos Estados Unidos, Falling Through the Net: defining the Digital Divide; NTIA, U. S. Department of Commerce, julho 1999 (www.ntia.doc.gov).
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4 Booz, Allen & Hamilton, Achieving Universal Access, Londres, março de 2000.
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