Do papel para a prática

Autor original: Maurício Jun Handa

Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor

Fundação do RS oferece oportunidade para que instituições levem projetos adiante.

Em Canoas, uma cidade que fica a 15 minutos de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, existe uma cooperativa de mecânicos, que recebeu 17 mil reais para a compra de uma máquina essencial para o trabalho. Graças a essa aquisição, esses profissionais têm hoje uma renda de, em média, R$1500. A Cooperativa de Mecânicos de Canoas foi um dos beneficiados, em 1998, pelo Concurso de Projetos Sociais promovido pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. Este ano, pela terceira vez, a Fundação, em parceria com a Vitae - Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social, está repetindo a iniciativa.

Os interessados poderão enviar projetos até o dia 1º de setembro. Os temas dos trabalhos devem estar ligados à geração de renda ou educação profissional para adolescentes. Podem se inscrever instituições do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

O economista Jéferson Weber, coordenador do 3º Concurso de Projetos Sociais, diz que serão destinados R$700 mil para o apoio de 50 projetos. "Para a escolha desses 50, seria ideal que recebêssemos mais ou menos 500 projetos", conta Jéferson.

Para a análise das propostas, foi formado um comitê, que se reunirá nos dias 6 e 7 de outubro, em Florianópolis, para a escolha dos finalistas da primeira etapa. Após esse momento, a Fundação Maurício Sirotsky oferecerá uma capacitação sobre elaboração de projetos sociais para que as organizações apresentem, em um prazo de 15 dias, uma proposta final. "Será julgada a sustentabilidade do projeto, ou seja, não se levará em conta somente recursos financeiros que possa gerar a uma comunidade. O projeto terá que mostrar a capacidade de estabelecer parcerias com instituições e aspectos positivos quanto à gestão", diz Jéferson.

O resultado do concurso será divulgado em 1º de dezembro. Os projetos escolhidos serão acompanhados pela Fundação Maurício Sirotsky durante um ano e meio. A Fundação fará visitas, reuniões, dará dicas sobre a área social e realizará debates nas comunidades beneficiadas.