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Quatro anos do Observatório da Cidadania

Autor original: Maurício Jun Handa

Seção original: Os mais interessantes e ativos projetos do Terceiro Setor





Debates

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Sonia Corrêa

O Observatório da Cidadania acaba de lançar a sua quarta edição e para marcar o fato foi realizado, nos últimos dias 11 e 12, um seminário que reuniu cerca de 40 pessoas. O objetivo do evento era apresentar o que foi feito durante os quatro anos de vida do Observatório, com o intuito de pensar novas estratégias de ação para os próximos anos. O seminário, que aconteceu no Hotel Novo Mundo, Rio de Janeiro, foi organizado pelo Ibase em parceria com a Fase, o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec), o SOS Corpo e o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Em 1996, essas ongs assumiram o compromisso de monitorar as políticas de desenvolvimento determinadas como metas nas conferências internacionais realizadas pelas Nações Unidas (ONU) no Cairo (1994), Copenhagen (1995) e Beijing (1995).


O Observatório da Cidadania é a versão brasileira do Social Watch, iniciativa criada em 1995, durante a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento, em Compehagen. O objetivo era garantir que o mesmo esforço de participação visto nas conferências, se repetisse na implementação dos acordos, tanto no plano nacional, como no internacional. Essa quarta publicação tem a diferença de estar sendo realizada no momento em que a ONU avalia o estado de implementação dos processos de Beijing +5 e Copenhagen +5.


As mesas do seminário contaram com integrantes de ongs e redes parceiras do Observatório, que relataram e analisaram o processo de monitoramento nesses quatro anos. No primeiro dia, Sonia Corrêa, do Ibase, e Patrícia Garcé, do Social Watch Internacional, analisaram os processos de revisão de Beijing +5 e Copenhagen +5. Já Guacira César, da Articulação de Mulheres Brasileiras e Jorge Eduardo Durão, da Fase, descreveram os mesmos processos sob uma perspectiva nacional. Ambas as mesas discutiram as dificuldades e conquistas enfrentadas pelo Observatório da Cidadania/ Social Watch.


O tema do segundo dia foi "Estratégias e perspectivas: diálogo com redes nacionais". O objetivo era pensar em como promover uma articulação maior entre o Observatório e redes brasileiras como a Rede Brasil, a Rebrip (Rede Brasileira pela Integração dos Povos), Rede saúde, Fian (Food First Information and Action Network), entre outras, para possibilitar, futuramente, uma ação política conjunta e, portanto, mais efetiva.


Para Sonia Corrêa, um grande mérito do seminário foi proporcionar um debate muito rico sobre globalização, tema que impõe uma série de desafios. "Além disso, foi possível perceber que não só o Observatório está mais maduro, como as demais redes também estão e isso abre um campo muito produtivo para uma maior colaboração", conclui.

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