Autor original: Maria Eduarda Mattar
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Foi divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) um relatório sobre a violência contra a mulher. Os resultados são assustadores, portanto é bom se preparar: uma em cada três mulheres do planeta já foi vítima de agressão física, sexo forçado ou outras formas de abuso; todo ano, 80 milhões de mulheres no mundo ficam grávidas sem desejar; há 500 mil mortes anuais provocadas pelo parto em países do terceiro mundo; a cada ano, 20 milhões de mulheres fazem abortos sem acompanhamento e em condições desapropriadas; há ainda 100 milhões de mutilações genitais e 60 milhões de meninas desaparecem por conta de abortos seletivos ou infanticídios.
A violência, além de física, é também moral. Mulheres são discriminadas no acesso à saúde, educação e mercado de trabalho. Papua Nova Guiné é o país campeão em violência contra as mulheres. Lá, 67% da população feminina já foi alvo de agressão física de seus parceiros. O segundo lugar no ranking fica com Bangladesh, com 47%. O editor responsável pela pesquisa da ONU, Alex Marshall, em entrevista à BBC, tenta explicar os dados coletados: "A discriminação existe do berço ao túmulo", diz.
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