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Lançamentos do Fórum Social Mundial

Autor original: Maria Eduarda Mattar

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No último dia 21, no Rio, e no dia 22, em São Paulo, foram realizados mais dois eventos de lançamento do Fórum Social Mundial 2001 (FSM 2001). O Fórum foi concebido para ser uma contra-proposta ao Fórum Econômico Mundial, do qual participam anualmente as principais autoridades financeiras internacionais. Os dois encontros acontecerão simultaneamente, em janeiro de 2001: O Fórum Econômico em Davos, na Suíça e o Fórum Social, no Brasil.


O primeiro evento da série de lançamentos do FSM havia acontecido no dia 5 de setembro, em Porto Alegre, cidade que irá sediar o Fórum. Na ocasião, participaram o governador do RS, Olívio Dutra; o fotógrafo Sebastião Salgado; uma representante das Mães da Praça de Maio; e o presidente nacional da CUT, João Felício. No Rio e em São Paulo, houve a participação do francês Bernard Cassen, diretor do jornal Le Monde Diplomatique e presidente do movimento Attac em seu país. Na cidade maravilhosa, o lançamento foi na sede do Ibase, com a presença de movimentos populares, sindicatos, ongs, intelectuais e demais interessados. No dia seguinte, o evento aconteceu na Puc-SP, durante o seminário internacional "Mundialização do Capital, desenvolvimento e exclusão", promovido pela Escola Sindical São Paulo da CUT.


A organização do FSM pretende que o evento seja um espaço voltado para a formulação de alternativas, troca de experiências e construção de articulações, táticas e estratégicas, entre movimentos sociais, em nível mundial. O resultado esperado é a identificação de caminhos e propostas mobilizadoras para manifestações e ações concretas da sociedade civil. O Fórum será, portanto, um novo espaço internacional para a reflexão e organização de todos aqueles que se contrapõem às políticas neoliberais e para a construção de alternativas para priorizar o desenvolvimento humano.


A programação do evento está organizada do seguinte modo: nas manhãs, ocorrerão painéis em torno de quatro grandes eixos: "A produção de riquezas", "O acesso às riquezas e a sustentabilidade", "A afirmação da sociedade civil e dos espaços públicos", "Poder político e ética na nova sociedade". No período da tarde, haverá oficinas e debates, propostos pelas próprias organizações participantes, voltados para troca de experiências. Paralelamente, acontecerão circuitos de palestras e debates, envolvendo diretamente os cidadãos.


O FSM conta com a adesão de 70 entidades e movimentos internacionais até o momento, além do apoio expresso na Resolução Final da Conferência de Genebra (ocorrida de 22 a 25 de junho deste ano). Mais informações nos sites do evento www.forumsocialmundial.org.br ou www.worldsocialforum.org, pelo telefone (11) 258-8469 ou pelo correio eletrônico.

*Fazem parte do Comitê Brasil de Organização do Fórum Social Mundial: Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Ação pela Tributação das Transações financeiras em Apoio aos Cidadãos (Attac), Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB (CBJP), Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania (Cives), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Instituto Brasileiro de Análises Sócio Econômicas (Ibase), Justiça Global e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Saiba mais sobre o evento em nosso Ponto de Vista dessa semana.

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