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Mapeamento revela projetos dedicados ao fortalecimento da população afrodescendente

O Brasil tem hoje em funcionamento mais de 300 projetos sociais que buscam reforçar a identidade negra.  Levantamento realizado pelo Criar Brasil – Centro de Imprensa, Assessoria e Rádio e pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial [SEPPIR] identificou 317 iniciativas e o crescimento desses projetos em todo o país. Na década de 80 surgiram 42 instituições, na de 90, foram mais 74 e na primeira década dos anos 2000 foram fundadas outras 171 entidades voltadas para o tema. O mapeamento deu origem um catálogo que será lançado no dia cinco de março contendo a listagem, o perfil e os contatos das instituições. A análise dos dados mostra que a maior concentração destes projetos está na região Sudeste (40%), seguida das regiões Nordeste (33%), Sul (14%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%).A diversidade das ações é ampla, abrangendo 14 temáticas. As áreas de atuação mais presentes são Educação (31%); Geração de Renda (23%) e Cultura e Arte (19%). Também é significativo o número de entidades que trabalham com temas como gênero (13%), comunicação (10%) e religião (10%).O levantamento foi feito em paralelo à realização do Prêmio da Igualdade Racial que recebeu inscrições de 75 instituições e vai premiar, em evento, no dia 5 de março, no Rio de Janeiro, cinco projetos que trabalham pela redução das desigualdades raciais e desempenham importante papel de luta pela cidadania e  por melhores condições de vida da população negra.O levantamento vai ser utilizado como subsídio para a definição de políticas públicas para a área e, na opinião do Ministro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, revela a importância de fortalecer a ação da sociedade civil na construção de uma sociedade mais igualitária: “A democracia racial é, em verdade, um objetivo a ser alcançado, pois somos uma nação desigual, com os negros na base e os brancos ocupando o ápice da pirâmide econômica. Felizmente, nossa sociedade está suficientemente madura para discutir a transformação desta realidade sem incitar o ódio racial ou ocasionar maiores traumas. Basta não perder de vista que objetivo não é dividir, mas integrar.”Outras informações podem ser obtidas em www.criarbrasil.org.br.

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